sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

autoridade do Talmude/ E AINDA QUEREM NEGAR A AUTORIA DOS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO

A Autoridade do Talmud
por Esther Tamar e Beny Zahav em 07 Ago 2007 23:47

A Autoridade do Talmud
Muitas pessoas fazem uma perguntam aparentemente legítima: se a Torá Oral se originou de D’us, por que houve a necessidade de ser a mesma contestada, discutida e esclarecida?


Há várias respostas para isso, mas talvez a principal seja a de que a Torá Oral tinha por objetivo cobrir a infinidade de casos que haveriam de surgir com o decorrer do tempo. É impossível que qualquer código de lei cubra, explicitamente, qualquer caso ou situação que surja durante os milênios. D’us deu a Moisés as duas tábuas da lei, mas a aplicação dessas leis em qualquer cenário possível teria que ser determinada pelos eruditos e juízes da Torá. Pois está escrito: "Quando algumas coisa te for difícil demais em juízo... virás aos sacerdotes levitas e ao juiz que houver nesses dias, e inquirirás; e te anunciarão a sentença do juízo" (Deuteronômio 17:8-9). Esses juízes da Torá eram os membros do Sanhedrin que preservavam e interpretavam a Torá Oral e que mais tarde a codificaram como a Mishná.

A Torá Escrita também ordena ao povo judeu obedecer o Sanhedrin em tudo o que diz respeito às leis da Torá, pois que está escrito: "Segundo mandado da lei que te ensinarem e de acordo com o juízo que te disserem, farás; da sentença que te anunciarem não te desviarás nem para a direita nem para a esquerda" (Deuteronômio 17:11).

O povo judeu todo aceitou a autoridade do Talmud como sendo a fonte das leis da Torá e, como tal, jamais poderá ser revogado por autoridade alguma. O Talmud inclui os ensinamentos de nossos sábios que receberam a Lei Oral das gerações que os antecederam, remontando-se até Moisés. Está claro que alguém que rejeite o Talmud, está desrespeitando a Torá Oral, pedra fundamental do judaísmo. Sem o Talmud, seria praticamente impossível entender e cumprir os mandamentos da Torá Escrita. A mera aceitação da Bíblia Hebraica faria dos judeus um povo em nada diferente da maioria dos outros povos, que também a aceitaram como sendo a Palavra de D’us.

À luz de tudo isso, não é de surpreender que aqueles que buscaram, desesperadamente, converter todos os judeus, proibiram o estudo talmúdico. Em 1240, 1264 e 1553 antes da era comum, a Igreja Católica promulgou decretos que ordenavam a queima das cópias do Talmud. Durante certos períodos, as autoridades eclesiásticas "corrigiam" o Talmud, apagando passagens que consideravam ofensivas a seu credo. Finalmente, em 1592, a Igreja proibiu o estudo do Talmud em qualquer de suas versões ou edições. Este decreto foi promulgado como reconhecimento de que uma sociedade que não estude nem siga o Talmud não tem chance real de sobreviver. Ao longo da história, os inimigos de nosso povo tentaram obliterar o judaísmo tentando destruir o Talmud. O povo judeu só conseguiu preservá-lo ao preço de inúmeras vidas, mesmo a de alguns de nossos maiores sábios. Por terem preservado o Talmud, estes salvaram o judaísmo.

A eternidade da Torá

Um dos pilares da religião judaica é o fato de a Torá ser eterna e ser a imutável Palavra de D’us. Na Torá Escrita, D’us proclama a eternidade da Torá e de seus mandamentos: "as coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso D’us, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei (Torá) (Deuteronômio 29:28). Vemos, também, que na nossa Bíblia, em meio às palavras finais dirigidas por D’us a um profeta, encontrava-se o seguinte: "Lembrai-vos da lei (Torá) de Moisés, Meu servo, a qual lhe prescrevi em Horeb (Sinai) para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos" (Malaquias 3:22).

Nenhum sábio ou profeta, muito menos um auto-proclamado Messias, pode modificar ou anular nem a Torá Escrita nem a Oral. Aquele que alega ser profeta de D’us pode realizar sinais ou milagres, mas se disser que D’us o enviou para alterar ou revogar a Torá, esta pessoa é um falso profeta. Na Torá Escrita, D’us nos alerta sobre os falsos profetas que iriam realizar milagres e tentar desviar o povo judeu dos mandamentos e das tradições de Sua Torá.

Mas, por que motivo D’us permitiria que tais pessoas chegassem a ter o poder de realizar milagres?

A isto, D’us responde na Torá Escrita. Este será Seu teste para determinar se somos leais a Ele e à Sua Torá, ou se seremos seduzidos pelos milagres daqueles que virão, falando em nome de D’us, para tentar anular os mandamentos. (Deuteronômio 41:2-5). O Talmud (Bava Metzia 59b), em uma de suas mais dramáticas passagens, afirma que nem devemos dar ouvidos às vozes Celestiais, mas simplesmente seguir a Torá de acordo com o que prescreve a Lei Oral. Mesmo se uma voz dos Céus por ventura nos mandasse modificar nossa Torá e seus mandamentos, não a deveríamos obedecer.

D’us prometeu que Seu vínculo com o povo judeu – como é ratificado pela Torá e seus mandamentos – é eterno. Na Era Messiânica, a verdade será revelada e o mundo inteiro irá reconhecer que a Torá é o verdadeiro ensinamento Divino à humanidade.

Pois foi dito que em determinado momento futuro, todas as nações do mundo alegarão serem judias. E então, o Santo, Bendito seja, dirá que a única nação que detém o mistério em suas mãos é o povo judeu. E qual este mistério? A nossa Mishná!Israel é salvo pelo Memra-verbo de IHVH, com uma eterna yeshuah; por isso não sereis envergonhados nem confundidos em toda a eternidade.

Mas em Memra-verbo de IHVH toda a descendência de Israel será justificada.
(Targum Yonatan para Isaías 45:25)
http://www.yeshuachai.org
Compare o texto a seguir:

(como fazer enfurecer a um beato racista judeu?! Obrigando ele a externar suas mais profundas convicções "religiosas"...
"Um milhão de não judeus não valem um dedo gordo de um judeu [Rabino Perrin])

Os judeus pedem que abandonemos nossas orações pela conversão deles. Nós deveríamos achar muito justo que eles mudem o Talmud.

O Padre I. B. Pranaitis, sacerdote católico doutor em teologia e professor de hebraico nos mostra no Talmud: Vale a pena destacar as seguintes coisas impuras que aparecem no comentário sobre o Schulchan Arukh, intitulado Biur Hetib: "Uma mulher deve lavar-se novamente (ao sair do banho) se ver qualquer coisa impura, como um cachorro, um burro, o povo da terra, um cristão (akum), um camelo, um porco, um cavalo e um leproso".
Em Kethuboth (3 b) completa: "O sêmen de um goi (ou goyim, que significa gado e é usado para se referir aos não-judeus) tem o mesmo valor que o de uma besta".
Em Zohar (1,25 b), diz-se assim: "Aqueles que fazem o bem aos akum (não-judeus)... não ressuscitarão de entre os mortos".
Em Aboda Zohar (20 a, Toseph), temos: "Não digas nada elogioso sobre eles, que nunca se diga: “Que bom que é este goi!"
A Jesus, o chamam ignominiosamente de Jeschu, cujo significado é "que seu nome e sua memória sejam apagados". Seu nome em hebreu é Jeschua, que significa salvação.
blog católico
Os Nomes Dados aos Cristãos no Talmud
Há três coisas a serem consideradas nesse capítulo:
1. Os nomes pelos quais os cristãos são chamados no Talmud.2 Que tipo de gente o Talmud retrata serem os Cristãos.3. O que o Talmud diz a respeito da adoração religiosa dos Cristãos.
Como em nossa língua Cristãos derivam seu nome de Cristo, assim na língua do Talmud Cristãos são chamados de Notsrim, a partir de Jesus, o Nazareno. Mas Cristãos são também chamados pelos nomes usados no Talmud para designar todos os não-judeus: Abhodah Zarah, Akum, Obhde Elilim, Minim, Nokhrim, Edom, Amme Haarets, Goim, Apikorosim, Kuthrim.
1. Abhodah Zarah—Adoração estranha, idolatria. O Tratado Talmúdico sobre Idolatria é assim intitulado: Obhde Abhodah Zarah—Adoradores de Ídolos. Que Abhodah Zarah realmente significa o culto de ídolos é claro pelo próprio Talmud: 'Deixe Nimrod vir e testemunhar que Abraão não era um servidor de Abhodah Zarah'. Mas nos dias de Abraão não existia qualquer culto estranho tanto dos Turcos quanto dos Nazarenos, mas somente a adoração do verdadeiro Deus e idolatria. No Schabbath (ibid. 82a), diz-se que:
"Rabbi Akibah diz: Como nós sabemos que Abhodah Zarah, como uma mulher impura, contamina aqueles que comprometem-se? Porque Isaías diz: Tu deverás jogá-los fora como um pano de menstruação".
Na primeira parte desse versículo menção é feita a ídolos de ouro e prata.
O instruído Maimonides também demonstra claramente que os Judeus consideravam os Cristãos como Abhodah Zarah. Em Perusch (78c), ele diz:
"E seja conhecido que o povo Cristão que segue Jesus, embora seus ensinamentos variem, são todos adoradores de ídolos (Abhodah Zarah)."
2. Akum—Essa palavra é composta pelas palavras Obhde Kokhabkim U Mazzaloth—adoradores de estrelas e planetas. Era assim que os Judeus anteriormente qualificavam os gentios que careciam de todo conhecimento do verdadeiro Deus. Agora, porém, a palavra Akum nos livros Judaicos, especialmente no Schulkhan Arukh, é aplicada aos Cristãos. Isso é evidente por numerosas passagens:
No Orach Chaiim (113,8), aqueles que usam uma cruz são chamados de Akum. No Iore Dea (148, 5, 12), aqueles que celebram as festas do Natal e Ano Novo, oito dias depois, são chamados de adoradores de estrelas e planetas:
"Assim, se um dom é enviado ao Akum, mesmo nesses tempos, no oitavo dia depois do Natal, que eles chamam de Ano Novo..." etc.
3. Obhde Elilim—Servos de ídolos. Esse nome tem o mesmo significado que Akum. Não-judeus são freqüentemente chamados por esse nome. No Orach Chaiim, por exemplo (215, 5), diz-se que:"Uma benção não deveria ser pronunciada sobre incenso que pertence aos servidores de ídolos".
Mas no mesmo tempo quando o Schulkhan Arukh foi escrito não havia quaisquer adoradores de estrelas e planetas (Akum); não havia quaisquer 'servos de ídolos' entre aqueles que viviam com os Judeus. Assim, por exemplo, o autor do comentário sobre o Schulkhan Arukh (intitulado Magen Abraham), Rabi Calissensis que morreu na Polônia em 1775, na nota 8, no No. 244 do Orach Chaiim (onde é permitido terminar um trabalho no Sábado com a ajuda de um Akum) diz: "Aqui em nossa cidade a questão é levantada sobre o preço de requerer os serviços de adoradores de estrela e planetas que varrem as ruas públicas enquanto que eles trabalham no Sábado". (34)
(34) cf. Ecker, Judensp. p. 17
4. Minim—Heréticos. No Talmud, aqueles que possuem livros chamados Evangelhos são heréticos. Assim no Schabbath (116a) diz-se que:
"Rabi Meir chama os livros dos Minim Aven Gilaion [volumes iníquos] porque eles chamam-nos de Evangelhos."
5. Edom—Edomitas. Rabi Aben Ezra, quando ele fala sobre o Imperador Constantino que mudou sua religião e colocou a imagem daquele que foi pendurado em seu estandarte, acrescenta:
"Roma, portanto, é chamada o Reino dos Edomitas".
E Rabi Bechai, em seu Kad Hakkemach (fol. 20a, em Isaías, cap. LXVI, 17) escreve:
"Eles são chamados de Edomitas que movem seus dedos 'aqui e ali' " (que fazem o sinal da cruz). Da mesma forma, Rabi Bechai, comentando sobre as palavras de Isaías (loc. cit.), "aqueles que comem a carne de suínos" acrescenta: "Esses são os Edomitas". Rabi Kimchi, porém, chama-os de "Cristãos". E Rabbi Abarbinel, em seu trabalho Maschima Ieschua (36d) declara: "Os Nazarenos são Romanos, os filhos de Edom".
6. Goi—Raça ou povo. Os Judeus também chamam um homem de um Goi—um gentio; eles chamam uma mulher gentia de uma Goiah. Algumas vezes, mas muito raramente, os Israelitas são chamados por esse nome.(35) É geralmente aplicado aos não-judeus, ou idólatras. Nos livros Judaicos que tratam de idolatria,(36) adoradores de ídolos são freqüentemente chamados por essa única palavra: Goi. Por essa razão, em mais recentes edições do Talmud (37) o uso da palavra Goi é propositadamente evitada e outras palavras para não-Judeus são substituídas.
(35) ex.gr. Genes. XII, 2; Exod. XIX, 6; Isaías, I,4.(36) cf. Abhodah Zarah, e Hilkoth Akum de Maimonides(37) cf. A Edição de Varsóvia de 1863
É bem conhecido que na linguagem Judaica, os Judeus chamam de Cristãos entre aqueles que eles vivem, Goim. Nem os Judeus negam isso. Algumas vezes, em suas revistas populares, eles dizem que essa palavra não significa nada danoso ou mal.(38) Mas o contrário pode ser visto em seus livros escritos na língua Hebraica. Por exemplo, no Choschen Hammischpat (34,22), o nome Goi é usado em um sentido depravado:
"Traidores e Epicureus e Apóstatas são piores que os Goim"
(38) cf. Israelita, No. 48, 1891
7. Nokhrim—estranhos, estrangeiros. Esse nome é usado para todo aquele que não é Judeu, e, portanto, para os Cristãos.
8. Amme Haarets—Povo da terra, idiotas. Há alguns que dizem (39) que o povo de outras raças não significam isso, mas somente povo rude e mal educado. Há passagens, porém, que não deixam dúvidas sobre a matéria. Na Sagrada Escritura, Livro de Esdras, cap. X, 2, nós lemos: Nós pecamos contra nosso Deus, e temos tomado esposas estranhas [nokhrioth] do povo da terra. Esse povo da terra denota idólatras fica claro no Zohar, I, 25a: "O Povo da terra—Obhde Abhodah Zarah, idólatras.(40)
(39) cf. Franz Delitzsch, Schachmatt den Blutluhnern, 1883, p. 41(40) Buxtorf está, portanto, correto (Lexicon, col. 1626) traduzindo Amme haarets como 'gentios,' que desgosta o Prof. Delitzsch
9. Basar Vedam—Carne e sangue; homens carnais que são destinados `aperdição e que não podem ter qualquer comuhão com Deus. Que os Cristãos são carne e sangue, é provado do livro de orações:"Quem quer que encontre um sábio e educado Cristão pode dizer: Bendito seja tu, Oh Senhor, Rei do Universo, que distribuíste de tua sabedoria ao Carne e Sangue" etc.
Da mesma forma, em outra oração, em que eles pedem a Deus que restaure logo o reino de David e envie Elias e o Messias etc., eles pedem-lhe que levem embora sua pobreza de forma que eles não terão qualquer necessidade de aceitar dons de "carne e sangue", nem a negociar com eles, nem travar guerras com eles.(41)
(41) cf. Synag. Jud. C. XII, p. 257 and 263
10. Apikorosim—Epicureus. Todos que não observam os preceitos de Deus são chamados por esse nome, assim como todos aqueles, mesmo os próprios Judeus, que expressam julgamentos privados em matéria de fé.(42) Quanto mais, portanto, os Cristãos!
(42) Os Judeus de Varsóvia mostraram um exemplo disso quando, em 1892, eles denunciaram o editor do jornal Hatseflrah porque ele ousou dizer que tudo no Talmud não era do mesmo valor religioso nem da mesma autoridade.
11. Kuthim—Samaritanos. Mas desde que não há mais quaisquer Samaritanos, e desde que hajam muitas referências em recentes livros Judaicos aos Samaritanos, quem pode duvidar que isso não significa os Cristãos?
Além disso, nessa matéria de denominar aqueles que não são Judeus, é pra ser particularmente registrado que os escritos Judaicos aplicam esses nomes indiscriminadamente e promiscuamente quando eles falam da mesma coisa, e quase nas mesmas palavras. Por exemplo, no Tratado Abhodah Zarah (25b) a palavra Goi é empregada, mas no Schulkhan Arukh (Iore Dea 153, 2) Akum é usada. Kerithuth (6b) usa Goim; Jebhammoth (61a) usa Akum; Abhodah Zar. (2a) usa Obhde Elilim; Thoseph usa Goim e Obhde Ab., Choschen Ham (Venetian ed.) usa Kuthi; (Slav. ed.) Akum. E muito mais exemplos podem ser citados.
Maimonides em seu livro sobre idolatria indiscriminadamente chama todos os seguintes idólatras por: Goim, Akum, Obhde Kokhabhim, Obhde Elilim etc.
posted by Jean Marie Le Pen at 1:05 PM
http://judaismoemaconaria.blogspot

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

DENUNCIA SIONISMO /TRAGÉDIA CRISTÃ

SITE DA HISTÓRIA ISLÂMICA


ATUALIDADES
A TRAGÉDIA ATUAL DO CRISTIANISMO NA TERRA SANTA
Por Alex Akcelrud
IGREJAS DESTRUÍDAS, FIÉIS ASSASSINADOS, COMUNIDADES BANIDAS DA TERRA E AGRESSÃO A LIBERDADE DE CULTO
Pela primeira vez no Brasil, a questão palestina foi tema de Simpósio Internacional: "Os Direitos Humanos do Povo Palestino na Conjuntura Atual". Realizado pela UNICAMP e a Prefeitura de Campinas, de 28 a 30/11, com a presença da vários especialistas, autoridades civis e eclesiásticas da Terra Santa, o Simpósio teve seu ponto alto na denúncia das chacinas, atentados à liberdade de culto e sabotagem à organização comunitária dos cristãos palestinos (ortodoxos, evangélicos e católicos) pelo exército israelense de ocupação.
Foi dado a conhecer, com precisão documental inédita no Brasil, o conjunto de fatores da tragédia palestina. Economicamente, a vida se faz miséria, porque as tropas de ocupação obrigam ao desemprego e impedem o fluxo de água, pessoas e mercadorias entre os pequenos bantustões palestinos, que o exército invasor separa uns dos outros à ponta de baionetas. Tem sido assim há longos anos.
Fontes de água são usurpadas pelo exército invasor, e a mesma água é vendida ao povo que lá morava por um preço mais de 4 vezes superior ao cobrado aos israelenses. Famílias, cujos membros vivem a 10 minutos uns dos outros, não se encontram há vários anos por viverem em bantustões separados, e não há como criar escolas ou atividade econômica suficiente para os estudantes, trabalhadores, produtores e mercadores de cada bantustão isolado.
Escorraçadas de onde viviam há séculos, por força militar, as comunidades se amontoam em espaços cada vez menores. E os problemas de saúde se acumulam com doenças provocadas por superlotação e falta de ventilação. Mas os que adoecem ou são baleados morrem freqüentemente. O exército bloqueia sua chegada aos hospitais.
As famílias palestinas se confundem com a própria história da terra. Há séculos vemos entre elas as dos guardiões do Santo Sepulcro, da tumba de Davi e tantos outros lugares históricos. Mas no século 20 foram impedidas de andar na própria terra, pela primeira vez em mais de mil anos. Quem for à Igreja do Santo Sepulcro verá cristãos de todas as vertentes e todas as partes, menos da Palestina. Há muitos anos há tanques, jipes armados e baionetas entre Jerusalém e os que moram a poucos kms. de lá. A reunião de populares nos templos assusta, pois a coesão e o sentido de unidade e força coletiva que emana daí ameaça mais os tronos do poder do que qualquer terrorista. Mas cuidado, falar disso é perigoso: a tortura em Israel é legalizada. É permitido prender e torturar sem provas de crime nem ordem judicial, e se acumulam os casos dos que morreram nos cárceres e câmaras de tortura, sem qualquer acusação formal prévia.
O representante do Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém, Theodosios Hanna, denunciou o lobby sionista internacional sobre a mídia para impedir que o mundo saiba das atrocidades. Afirmou serem as igrejas cristãs uma peça fundamental da resistência palestina frente ao projeto sionista de limpeza étnica e religiosa da Terra Santa, pedindo que os cristãos brasileiros rompam o bloqueio de mídia, enfrentem as pressões e divulguem isto que você lê abaixo, inédito na imprensa brasileira:
"Como líder espiritual da igreja cristã de Jerusalém, sendo a igreja do Santo Sepulcro a primeira igreja do mundo, quero agradecer a Campinas pelo carinho com que trata a causa palestina.
A igreja ortodoxa de Jerusalém nunca foi fechada e se orgulha de seu funcionamento ininterrupto há 2000 anos. Nosso país tem Jerusalém como coração, mas a Palestina de um modo geral é o país que une e representa a berço das três religiões monoteístas. Para nós, é esta união que faz da Palestina a Terra Santa.
As três religiões têm muito em comum, principalmente quanto à justiça e direitos humanos. Qualquer violação destes para nossas religiões é uma desobediência ao Criador, uma agressão à ordem divina.
Jerusalém, cidade milenar na qual nasceram e se espraiaram as três religiões monoteístas trabalhando pela paz e pelos direitos humanos, esta mesma cidade precisa do apoio de todos, porque ela está muito longe desses princípios das três religiões. Nela, hoje, não há mais respeito aos direitos humanos. Conhecida como a cidade da paz, está longe da paz pois as forças de ocupação estão arrasando com qualquer paz.
Os palestinos, muçulmanos e cristãos, representam um povo único, com a mesma história, mesma tradição, mesma língua e mesma terra. Ambos sofremos as atrocidades e injustiças perpetradas pelas forças de ocupação.
O cristianismo existe na Palestina há 2000 anos. O Islam lá chegou no século sete, a partir do segundo califa, Omar. Até hoje, a partir do compromisso deste segundo califa há respeito aos povos e liberdade religiosa, e nossas igrejas vivem em total harmonia com a religião islâmica. Nossas comunidades contaram com toda sua liberdade desde então até o século passado, quando começaram as agressões e, a partir de 1948, com a ocupação, tanto cristãos como muçulmanos têm perdido seus direitos.
Não admitimos que o conflito seja tratado como entre três componentes. O conflito é israelense-palestino. A comunidade cristã é inseparável da muçulmana, sofremos as mesmas agressões. E não há conflito entre as três religiões. O judaísmo não tem nada a ver com isso. È a religião judaica que sustenta e constrói a base do Islam e do cristianismo. É o sionismo que nos agride. Assim vemos o caso do rabino, o máximo líder espiritual judaico em Israel, que diz que os palestinos devem ser jogados no mar, porque são um grupo de cobras, baratas, insetos e criaturas inferiores.
Temos uma invasão permanente, com vários milhares de palestinos assassinados (cristãos e muçulmanos) ao longo de tantos anos, sem que houvesse qualquer manifestação de um líder espiritual judeu em Israel para denunciar ou exigir justiça. Lá a sinagoga é cúmplice do Estado, e há ainda grupos extremistas judeus em campanha pela destruição de todas as estruturas em instituições cristãs e muçulmanas do país.
De 1948 até hoje, jamais houve propriamente qualquer massacre ou chacina sofrido pela comunidade judaica em nosso país. Mas há várias dezenas de massacres sobre cristãos e muçulmanos.
A discriminação sobre cristãos muçulmanos e palestinos é igual e bem visível na região, dado o ódio com que as comunidades judaicas ocupantes nos tratam.
Peço aos brasileiros que, visitando Jerusalém, estendam a visita até as aldeias e pequenas cidades palestinas, para que sejam testemunhas oculares da destruição de igrejas e mesquitas, de casas de famílias cristãs e muçulmanas.
As mesmas proibições e bloqueios que os muçulmanos sofrem para entrar em Jerusalém e orar, também são impostas a nós, cristãos palestinos. É uma situação ininterrupta em 53 anos de invasão. É muito mais fácil para os senhores, como turistas brasileiros, entrar em Jerusalém, do que para os palestinos, cristãos e muçulmanos (que vivem a 8, 10 ou 15 kms. da cidade). Estamos irmanados aos muçulmanos na luta pela libertação de Jerusalém, Cidade Aberta.
Desde 1967 há um projeto de Jerusalém pura (só judaica) para nos apagar da história da cidade. Nós jamais negaríamos a importância de Jerusalém para o povo judeu, mas querem passar por cima da origem histórica do cristianismo em Jerusalém.
Jesus Cristo, na terra, é palestino de origem e nacionalidade.
Não haverá restabelecimento da harmonia entre as três comunidades religiosas enquanto a ocupação durar. Trabalhamos pela paz. Mas paz sem justiça não existe. O diálogo entre as três religiões é impossível na Palestina de hoje, porque um dos componentes tem um plano de extermínio dos outros.
Seguindo a orientação de Jesus Cristo apelamos às igrejas cristãs do mundo para que sigam o exemplo de Jesus na defesa dos oprimidos, daqueles que sofrem e perderam seus direitos, para que, a partir deste ensinamento cristão, o povo palestino possa então contar com toda a comunidade cristã do mundo. A omissão das igrejas cristãs aqui seria uma traição à essência do cristianismo.
É dever de todas as igrejas no mundo inteiro, defender o povo palestino aonde o sionismo internacional tenta mostrá-lo com a imagem de terrorista e violento.
O sionismo internacional, para atingir seu objetivo imperialista, chegou até a criar igrejas híbridas no ocidente (judaico-cristãs). Há até a Igreja Cristã Sionista formada nos EUA, com representação em Israel. As igrejas cristãs palestinas denunciaram este plano maquiavélico que atenta contra a própria religião cristã.
É importante que haja esse contato entre as igrejas na Palestina (ortodoxa, católica e evangélica) e as ocidentais. Entretanto, a mídia e o sionismo internacional jogam pesado para que isto não seja divulgado no mundo ocidental. As pressões de Israel e dos EUA sobre as igrejas ocidentais é muito forte, o que pode explicar as omissões destas igrejas. Há pressões sobre líderes cristãos e muçulmanos para que não falem da questão palestina. 60% dos sheikhs muçulmanos que estavam no Brasil até 1991 foram tirados do país, por terem a coragem de falar da questão palestina. Saíram (nunca foram substituídos) por pressão dos EUA.
Nossa igreja na Palestina é ameaçada pelas forças de ocupação israelenses. Nunca vão colocar medo em nosso coração ou nos desviar. Não calarão nossa boca. Continuaremos a lutar para que o mundo inteiro ouça a fala e a verdade do povo cristão e do povo muçulmano da Palestina.
Houve pressões sobre o patriarca ortodoxo de Jerusalém. Israel chegou a pressionar inclusive pela deposição do patriarca e a eleição de outro. Não conseguindo a deposição, pressionaram para que a igreja não se pronunciasse sobre a questão palestina. Quanto mais aumenta a pressão, mais aumenta a nossa resistência. È esta resistência frente às ameaças e agressões de Israel e seu exército, que clama pela mobilização e solidariedade dos cristãos brasileiros".

Alex Akcelrud é um historiador brasileiro e escreve para diversas publicações no Brasil sobre a questão da Palestina.


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