Não servem a Cristo.
Pe. Inácio José do Vale
“Porque estes tais não servem a Cristo, Nosso Senhor, mas ao próprio ventre, e com palavras melífluas e lisonjeiras seduzem os corações dos inocentes”. (Rm 16,18).Concordo plenamente com o Presidente da União dos Ministros Batistas Independentes - UMBI, pastor Jackson Jean Silva em afirmar: “Observando o universo evangélico brasileiro atual, não consigo encontrar uma expressão que melhor o caracterize, do que esta: Tempos de Confusão! Infelizmente não existe palavra que possa retratar de maneira mais adequadamente a triste e deprimente realidade evangélica da atualidade. A verdade é que a idéia bíblica de culto tem se esvaído e muito do que temos visto hoje sob o pretexto de culto, não o é. São shows, espetáculos de gente famosa, exaltação de homens. São feitos muitos sacrifícios para ver os “famosos” e nenhum sacrifícios para servir a Deus” (1).Realmente, estamos vivendo o auge da idolatria do culto à personalidade, do capitalismo religioso, da demolição da ética e da moral cristã é o último capítulo das heresias contra a verdade das doutrinas da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério Eclesiástico. “Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é frequentemente etiquetado como fundamentalista. Enquanto que o relativismo, isto é, o fato de se deixar “aqui e ali por qualquer vento de doutrina”, aparece como o único comportamento à altura dos tempos atuais. Está se construindo uma ditadura do relativismo”, disse o Papa Bento XVI (2).O relativismo vem causando a destruição da dogmática cristã e a exaltação da liturgia antropocêntrica. A ditadura do relativismo ratifica a razia da teologia liberal protestante e seus congêneres, como o humanismo secular.TEOLOGIA DA PROSPERIDADE“Na América Latina, principalmente no Brasil, a rápida expansão do pentecostalismo produziu um grave desvio ético na compreensão do evangelho. Surgiu um novo fenômeno religioso, mais comumente identificado como teologia da prosperidade”, diz o pastor assembleiano Ricardo Gondim (3). A teologia da prosperidade é a mais terrível heresia no meio protestante da era pós-moderna. Sua prática materialista e capitalista é blasfematória contra o Senhor Deus. Na verdade, essa teologia pode ser chamada de teologia de Mamom, devido à busca gananciosa de dinheiro e riquezas.Nada difere dos cultos às divindades pagãs antigas, como o comércio (Hermes ou Mercúrio), o prazer (Dionísio ou Baco), a glória e a fama (Zeus ou Júpiter), assim faziam os antigos idólatras. A teologia de Mamom, têm causado grandes escândalos no arraial neopentecostal. Verdadeiros cristãos sofrem críticas e passam por situações delicadas diante da opinião pública por causa dos vexames dos líderes neopentecostais que vivem como Faraós e na “mais valia do pensamento econômico marxista”. “A única força que poderia voltar-se contra o deus do mercado seria a religião. E a religião deixou-se contaminar. Essa resistência hoje foi minada principalmente por um grupo chamado neopentecostal, representado no Brasil entre outras, pela Igreja Universal do Reino de Deus”, afirma Ricardo Bitun, professor de Sociologia Jurídica e Sociologia da religião na Universidade Mackenzie -São Paulo. Para o professor Bitun: “A grande utopia cristã é que haverá novos céus e uma nova terra. Essas igrejas chamaram essa utopia aqui para a terra. Por que esperar pela chegada do grande reino, pela segunda vinda de Cristo? Vamos realizar a utopia agora”. (4) Isso significa viver o pensamento epicurista: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos”.A RELIGIÃO DE MERCADOA religião existe para promover a grande fraternidade universal. No entanto, estamos vendo várias religiões envolvidas em guerras, terrorismo, cismas, escravidão e no mercado financeiro exacerbado. A revista londrina The Economist na edição da semana 04/01/2008 traz uma reportagem sobre a Igreja Universal do Reino de Deus em que ironiza as práticas do bispo Edir Macedo. “Sacrifício é divino, ele diz para a congregação. Talvez seja, mas inventar modelo de negócios genial é humano”, afirma a revista (5).“Diz Macedo: Quem quiser prosperar precisa pagar o dízimo e oferecer ofertas de fé para merecer colher multiplicada. São as regras impostas pelo próprio Deus. Quem não se submeter a essas regras não tem direito à colheita. São os dízimos e as ofertas que ‘obrigam’ Deus a fazer a diferença na qualidade de vida do fiel” (6).Que terrível heresia, que tamanha confusão na cabeça do povo. Isso é uma grande engenharia da patranha.Não são sacrifícios, dízimos, ofertas, obras, campanhas, correntes, romarias, e outras coisas mesquinhas que obrigam o Senhor Deus nos abençoar. Tudo isso e a nossa justiça são como trapo de imundícia (Is 64,6).Toda essa pregação de sacrifício e de dinheiro para receber graças, milagres e prosperidade é de obras da lei, portanto, está debaixo de maldição (ler Gl 3,10-13 e 22). Como somos abençoados pelo bom Deus? São Paulo Apóstolo responde: “Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo” (Ef 1,3).Somente em Cristo somos ricamente abençoados. Por que? “Porque tudo é Dele por Ele e para Ele. A Ele glória pelos séculos! Amém”. (Rm 11,36).O mercado religioso está na moda. Na china se vê o crescimento de um budismo consumista. Os monges budistas, na expectativa de maximizar seus lucros estão chegando a cursar programas de MBA que oferecem aulas de administração de templos. “A comercialização é uma das mais perigosas tendências do budismo chinês” diz Xuan Fang, professor de estudos religiosos na Universidade do Povo, em Pequim (7).No Golfo Pérsico está surgindo uma nova Arábia. Uma nova geração de governantes está se libertando dos padrões de pensamento tradicionalmente nacionalista ou religioso. (…) Do Bahrein a Dubai os xeques constroem centros urbanos como símbolo do mesmo progresso que no século passado era representado por Nova Iorque e pela Califórnia. (…)A maior agitação da construção civil está em Dubai, provavelmente a cidade com o crescimento mais rápido do mundo. (…)Os xeques não conhecem a palavra “impossível”. A sua sensacional megalomania é parte de sua campanha de relações públicas. (…)Dubai a Bahrein ainda vão mais longe na repressão à religiosidade islâmica. Bares com grande variedade de bebidas alcoólicas, uma vida noturna pulsante e até a prostituição estão presente de forma tão escancarada que dá para imaginar que todos os vícios condenados pelo islamismo recebem a bênção dos governantes (8).O consumo per capita de ouro de Dubai chega a 34 gramas por ano, o mais alto do mundo. O ouro faz parte do seu dia-a-dia (9).Petróleo, ouro, política e a prosperidade do mercado religioso, qual será o fim de tudo isso? “Ai, ai, ó grande cidade, vestias linho puro, púrpura e escarlate, e te adornavas com o ouro, pedras preciosas e pérolas: numa só hora tanta riqueza foi reduzida a nada!” (Ap 18,16). A matriz da teologia da prosperidade são os Estados Unidos. O fundamento dessa teologia é o capitalismo americano e a ideologia da auto-ajuda. Esta filosofia falaciosa adentrou em todo seguimento social, principalmente nas denominações pentecostais e neopentecostais. A morte da dogmática cristã foi definida pela teologia da prosperidade. Os novos conceitos religiosos são guiados pelo hedonismo e narcisismo.“Quanto mais rica a comunidade religiosa, maior a radicalização de seus pastores. A mistura de púlpito e política é parte fundamental da história americana”, afirma o pesquisador Timothy Nelson, da Kennedy School of Governmente, da Universidade de Harvard (10). Os pastores megalomaníacos com suas megaigrejas nos Estados Unidos, romperam com a tradição histórica da Reforma Protestante.Diz o pesquisador Dr. John Vaughan,, do Centro Internacional de Pesquisas das megaigrejas: “Os dias dos fogos do inferno e do castigo eterno acabaram. Não se pode enfiar religião goela abaixo dos fiéis. Eles só querem saber do que lhes será útil. A cruz foi retirada para não assustar as pessoas”(11).Essa gente se tornou inimiga da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição. (Fl 3,18.19). Deus não é Deus de confusão (1 Cor 14,33). Mas, por que tanta confusão doutrinária e tantas divisões denominacionais?Vejamos o que disse um dos líderes do Movimento G12 (Mudou para: Visão Celular no Modelo dos 12), René Terra Nova: “Como resultado da Visão, nasceu uma Igreja Viva para o Deus Vivo em que todos são consolidados para um só destino: Jesus, o Messias”(12).Uma pergunta, antes da Visão G12, a igreja estava morta para o Deus morto? O falso profeta Joseph Smith, fundador dos Mórmons, disse que a Igreja de Jesus Cristo foi restaurada por ele em 06/04/1830, e antes?CAMINHO PARA O INFERNOSem a verdade de Cristo e da palavra de Deus no coração e na razão, muita gente está servindo aos líderes religiosos e aos ídolos.Essa gente não quer saber da Teologia da Cruz de Cristo. Não quer a renúncia do pecado e do mundo hedonista e narcisista.Essa gente está embriagada com os prazeres e as soberbas oferecidas pela teologia de Mamom. Esta teologia dá suporte ao Movimento do show gospel, as megaigrejas, aos pastores eletrônicos, ao teatro da fé com os espetáculos de curas e milagres. A coreografia de quinta categoria, a onda de apóstolos, profetas, bispos e suas células (não mais membros ou irmãos), a falsa conversão de artistas e a igreja como um mercado financeiro.A teologia da prosperidade é hoje um dos principais caminho para o inferno. São Paulo Apóstolo nos exorta: “Cuidado com os cães”. Quem são os cães? São os pastores bandidos (Is 56,11).O diabo tem levantado líderes na estirpe do rei Herodes. O Herodes de hoje está matando muita gente com falsas doutrinas e errônea interpretação da Sagrada Escritura. Ele faz de tudo para ninguém ver o Rei da Verdade.O Pilatos de hoje está lavando as mãos no jogo do poder. E a lavagem de dinheiro não pára na rede de corrupção. Todavia, ele não quer saber dos seus crucificados. Anãs e Caifás de hoje estão rejeitando o Messias revelado e fazendo da casa de Deus uma mega empresa com cafetinas e mafiosos.Realmente, essa clientela que vão aos templos em busca de bens materiais e de soluções mágicas, não serve a Cristo, junto com seus cães servem ao ventre (Fl 3,19; 2 Pd 2,2.3).CONCLUSÃOVivemos uma era de muitos desafios para servir a Cristo verdadeiramente. Não há tempo e nem espaço para viver como cristãos vacilantes.Diante da confusão denominacional, dos falsos líderes que se intitulam de apóstolos, profetas, bispos, missionários, videntes e gurus, diante de tantas seitas e heresias, podemos afirmar e reafirmar e professar com valentia, graça , fé e amor toda nossa convicção a Igreja de Deus: Una, Santa, Católica e Apostólica.A nossa santíssima fé é límpida em Cristo e Sua Santa Igreja. Com ela caminhamos seguros para as moradas eternas, os lugares celestiais, a cidade do Deus Vivo, a Jerusalém celestial, e de milhões de anjos reunidos em festas (Hb 12,22). Maranata!!! Maranata!!! e Maranata!!!Pe. Inácio José do ValePároco da Paróquia São Paulo Apóstolo Professor de História da IgrejaFaculdade de Teologia de Volta Redonda
por: Clayton da Luz dos Santos
Certo dia um amigo me falou, "Igreja tem que ser reformada com pessoas sempre reformando". A igreja cristã reformada nasceu nada mais, nada menos que, no período da historia o qual chamamos de renascimento e isso me faz lembrar a palavra do profeta Habacuque: "Aviva oh Senhor a tua obra no meio dos anos". Avivar nada mais é do que dar vida. A igreja que Lutero almejou não foi uma igreja que apenas rompesse com os dogmas de Roma, mas uma igreja que estabelecesse a fusão da fé e da racionalização, infelizmente o termo avivamento tomou vertentes das mais absurdas, das negociatas, das profetadas, das revelações e das miragens. Tomou também a vertente da teologia da prosperidade, dos modismos celulares e da arte sem arte, onde deus não é mais o centro, pois o dinheiro tornou-se o centro e deus o banqueiro. Tenho até medo que esse deus seja chamado pelo “Luizinho” para ser o ministro da fazenda ou presidente do banco central.
Infelizmente a liturgia de culto sofreu uma ruptura até mesmo nas denominações históricas e isso falo da minha denominação Batista e da minha Convenção Batista Nacional que parece ter nascido de uma confusão de interpretação. E ainda me falam de um "mover" da Rua Asusa - Los Angeles - em 1906 e depois do cair do Benny Him, agora é a vez da chuva do G12.
Tenho, pra tristeza dos protestantes e evangélicos de uma forma geral, vergonha dessa música evangélica podre. Sinto às vezes que estou ouvindo mantras do Hare Krishna.
Por que as igrejas jogaram fora seus hinários? Por que baniram os jograis? Por que não existem mais (boas) peças teatrais? Por que as nossas editoras presbiterianas, como a JUERP, Betania, Editora Vida e etc. deram lugar ao Marco Feliciano, que para alguns é melhor ouvir esse cara do que ouvir a Jesus. Por que o Silas Malafaia aderiu à teologia da prosperidade e agora vai fazer um congresso Inter-denominacional com o Renê Terra Nova líder do maldito e desgraçado G12? Por que os conceitos dos cristãos são apenas pré-conceitos?
São apóstolos que não vivem a verdade apostólica, pois se assim seguissem os preceitos e princípios da igreja primitiva estariam vigentes em nossos dias. Paulo um grande professor e sociólogo, Pedro um ortodoxo cheio de virtudes, Tiago um instrutor de Obras Sociais, João um homem cheio de amor incondicional, enquanto isso "nossos apóstolos" sonegam, trapaceiam... Tenho medo que algum esteja até carregando dinheiro na cueca.
Como se não bastasse, a onda agora é imitar. Em toda igreja tem uma Ana Paula Valadão, um David Quinlan e toda banda quer ser o Hillsong. Que tristeza. Por que ninguém quer ser um novo Janires Manso e não era só no nome que tinha mansidão pra sofrer tantas injúrias. Ninguém quer ser o João Alexandre, ninguém quer dar a cara tapa como 04 garotos de Nilópolis, ninguém quer pagar o preço, aliás, se for o preço de uma rosa, ou de sal grosso tudo bem, até pagam pra ver se afasta o mau olhado. Tem até feitiçaria evangélica agora. Tenho medo dessa igreja atual e tenho mais medo da irracionalidade dessa instituição.
Cresci ouvindo meus amados pastores Ernesto, Geraldo Santana e Erivaldo Cordeiro, ensinando-nos que igreja era local de cultuar. E cultuar era adorar a Deus. Agora tem cultos por classes sociais, por nível de poder e pior, com tanto poder essa igreja "poderosa" não testemunha de Cristo, não transforma o mundo pela renovação do nosso entendimento. As igrejas crescem hoje e nascem por um processo de “meiose”, enquanto tínhamos prazer de ver pessoas transformadas por um processo de osmose, a verdade é que incham e imaginam que estão crescendo.
Adoração que sempre foi um estilo de vida cristã, tornou-se um estilo musical e isso é o cumulo do cinismo destes pseudo-cristãos. Contudo conforto-me em saber que os enganadores serão tratados como desconhecidos no grande dia. Conforto-me com a musica “É Proibido Pensar” do João Alexandre. Conforto-me ouvindo Logos, conforto-me com a banda Catedral por não estar nessa panela, e melhor, conforto-me que a minha fé é irrefutável por meio daquele que é autor e consumador e que pela sua graça revelou-nos a nós por meio da sua palavra.
Uma nova reforma para o bem da Igreja Cristã.
Que Deus tenha misericórdia de nós, que o Senhor repreenda os malfeitores e abençoe a todos vocês.
Minha opinião: É verdade, o cara pegou pesado. "Certas coisas é melhor não falar para não causar escândalo". Faça-me o favor. Pensa comigo. O cara falou alguma mentira? No meu ponto de vista não! A Igreja – INFELIZMENTE - virou tudo isso sim. Uma pena. Quem tiver oportunidade assista ao DVD da peça teatral “Jardim do Inimigo". É dedo na ferida direto "mermão". Como não se contaminar diante de tudo isso (seria possível?). Eu, que estive no "meio" durante nove anos com minha ANTIGA E EXTINTA banda (Gospel) sei muito bem como funciona, como são e quem são esses “homens e mulheres de deus”. Essa gente covarde usa o nome de Deus em vão e não pensa (ou pensa?) duas vezes antes lhe trair, usar, enganar ou mentir. Detalhe: Essa mesma pessoa, que se intitula "servo", "irmão", “homem de deus” e etc, é o mesmo que diz que vc está em pecado, é o mesmo que diz que Jesus salva e é o mesmo que te massacra depois. Palavras duras, não é? E verdadeiras. O grande problema nessa confusão toda é identificá-los. Eles se vestem como cristãos, falam como cristãos, vão ao monte, jejuam, participam de vigília e estão freqüentemente na Igreja, AO SEU LADO. Como saber quem é quem? Desisti de identificá-los, chega! O mal, a qualquer instante, se destrói sozinho e a justiça está entregue nas mãos de Deus. Assim como o Clayton, estou cansado, decepcionado e exausto. Definitivamente não faço parte desse lamaçal. Que Deus tenha misericórdia de nós!
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”. (Mateus 7:15)
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