segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A VERDADE SOBRE O DIZIMO II

APOSTILA "TUDO SOBRE O DÍZIMO"

Capítulo 18 - A Verdade sobre o dízimo III

Este é o melhor artigo já escrito sobre o dízimo. Não se precisa ler mais coisa alguma para ficar a par deste assunto. Está sendo publicado com a permissão do autor (Todos os direitos reservados de Richard Wayne Garganta, Box 1355, Coventry Rhode Island, 02816).
A verdade sobre o dízimo – F.A.C.T. versus F.I.C.T.I.O.N. - O DÍZIMO EMBASADO NA FÉ ABRAÂMICA versus CONDENAÇÃO E TEMOR INDUZIDOS, O QUE É OPRESSOR E NEGATIVO.

Uma nota pessoal:
Escrevi este artigo porque, durante anos, tenho visto as doutrinas ao redor do assunto do dinheiro, numa indução consideravelmente perversa. Pouco antes de escrever isto, ouvi um ministro dizer: “O segredo do verdadeiro poder sobre o diabo é o dízimo” e “O segredo de uma contínua relação com Deus é o dízimo.”
O que achei por demais preocupante é que numa igreja com umas 200 pessoas, ninguém hesitava nem parecia reconhecer que o legítimo Evangelho de Cristo estava sendo comprometido. Peguem suas Bíblias, abandonem suas opiniões e vejamos o que ela realmente diz sobre este assunto.

1.- O dízimo antes da lei não era rotineiro, mas voluntário.
Os dois exemplos do dízimo antes da lei (em Gênesis) foram eventos únicos, voluntários e envolvendo mais do que dinheiro. O exemplo de Abraão foi do dízimo entregue uma vez apenas, dos despojos de uma guerra (Hebreus 7:2; Gênesis 14:20). Visto como Abraão havia feito um voto de não tomar pessoalmente qualquer despojo dessa guerra, (Gênesis 14:22-24), aparentemente ele dizimou o que pertencia aos outros ou o que poderia em breve lhe pertencer. Nada existe na Escritura dizendo que Abraão tenha dado o dízimo de sua renda ou riqueza, em tempo algum.
Abraaão recebeu uma bênção e em seguida deu o dízimo, aparentemente fora de um hábito social, sem qualquer mandamento divino para fazê-lo. (Gênesis 14 e Hebreu 7:1).
O exemplo único de Jacó [dizimar] foi prometido SE Deus fizesse algo e a Escritura não esclarece se Jacó de fato o cumpriu (Gênesis 2822). De qualquer maneira, estes dois exemplos esclarecem que o dízimo antes da lei não era obrigatório, mas voluntário. Visto como a Escritura só registra incidentes de uma única vez, antes da lei, o dízimo ser dado, fica claro que isso não era uma prática rotineira... Também, tendo em vista que Jacó prometeu dizimar o que ele já possuía e lucrava (quer dizer, possuía totalmente, não em crédito ou mercadoria baseados em hipóteses), entende-se que ele pretendia dizimar sobre os lucros. Isso é importante e sobre os lucros discutiremos mais tarde.
Os que procuram tornar o dízimo estritamente baseado em dinheiro, obrigatório e rotineiro, afirmando ter ele existido “antes da lei”, não estão ensinando como ele realmente foi dado, “antes da lei”. Notem ainda as seguintes escrituras mostrando a natureza voluntária de como se ofertava antes da lei (Êxodo 35:5, 21,22,24, 29).
Alguns mestres da obrigação de dizimar usam as escrituras que declaram que se TRAGA, em vez de DAR o dízimo, a fim de provar que este é obrigatório. /como veremos a seguir, o dízimo na lei era obrigatório, enquanto as escrituras que mencionam o dízimo ANTES DA LEI dizem que este era DADO. (Ver também a parte 16 - alguns pensamentos sobre Melquisedeque para futura discussão sobre o dízimo antes da lei).
2. - O dízimo não era em dinheiro nem baseado no ganho, mas baseado na TERRA.

Se dois fazendeiros fizessem a colheita de dez cenouras, cada um, ambos seriam obrigados a dizimar uma cenoura. Sob o sistema agrário do dízimo, não importava se um deles vendesse as nove cenouras restantes por cinco e o outro por 10 dólares. O dízimo da colheita não se relacionava ao ganho, mas à TERRA. O dinheiro era, raramente, se é que houve, uma coisa dizimada na Bíblia (Neemias 13:10-13. Para ser realmente bíblico, o dizimo não era baseado no ganho ou no dinheiro, de modo algum! [Deuteronômio 14:22-23; 18:1-5; 26:12; Neemias 10:38-39; 12:44; Levítico 27:30-33; Josué 13:14). O dízimo antes da lei era voluntário e baseado no lucro; o dízimo na lei era obrigatório e baseado na produção (agrária). Os meios agrários (da terra) e o dízimo agrário eram baseados no que se conseguia produzir na terra, em plantações e animais. Deus ordenava que as pessoas trouxessem 1/10 da produção da terra, antes de venderem-na. Então o dízimo não era baseado no ganho da colheita. De fato, era contra a lei vender o dízimo. Era obrigação levar o PRODUTO e não que dele resultasse (Levítico 27:28). Existem muitas referências para dizimar o “excedente” (Ex., Deuteronômio 14:22, usando “tbuw’ah”), o que significa literalmente fruto ou produto e nos versos do dízimo COMER o dízimo é sempre mencionado. Notem em Neemias 13:10 que os levitas iam para o CAMPO a fim de repor os dízimos em falta. Durante o tempo da lei agrária o câmbio do dízimo era comum, mas também havia SISTEMAS MONETÁRIOS em lugar (Gênesis 23:15-16 e 42:25; Jeremias32:9-11; Deuteronômio 14:25 e Malaquias 3:5). Mesmo assim, o permanecia o dízimo agrário (baseado na terra).
Conforme o Dicionário Douglas/Teney da Bíblia NVI, Levítico 27:31 deixa claro que uma penalidade de 20% sobre o dízimo era cobrada de alguém que redimisse o seu dízimo e recusasse usar o dinheiro, a fim de pagar por um substituto. Novamente isso mostra que não era baseado no ganho nem no dinheiro.
Deus deu os dízimos de Israel aos levitas, por herança, em vez da terra. (Josué 13:14; Deuteronômio 10:6-9; 18:1-5, Números 18:21-24) e, aparentemente, estes não precisavam dizimar o ganho da venda da propriedade herdada (Deuteronômio 18:6-8). Os levitas e sacerdotes dependiam dos dízimos para COMER. A casa de Deus era um ARMAZÉM e PONTO DE DISTRIBUIÇÃO para os sacrifícios, levitas, sacerdotes e os necessitados “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes” (Malaquias 3:10). (Neemias 13:10-13; 1 Samuel 8:15, 17; 2 Crônicas 31:11; Deuteronômio 12:6-7; 17-19; 14:22-23). Houve uma exceção para converter o dízimo em dinheiro, antes permitida na lei. Segundo muitos eruditos, tal exceção foi mais tarde abolida. Deuteronômio 14:24-27 mostra essa antiga exceção, provando que sistemas financeiros aconteceram, sem que o dizimo fosse baseado em dinheiro. Nessa antiga exceção, poder-se-ia vender o dízimo em circunstâncias específicas, para gastar o dinheiro no que se desejasse, contanto que isso fosse compartilhado com o levita local. Esses versos também deixam claro que “se a distância fosse longa demais para CARREGAR O SEU DÍZIMO”, provando que o dízimo não era baseado em dinheiro. O Novo /testamento mostra os fariseus dizimando não sobre o lucro ou dinheiro, mas sobre o que eles cultivavam (Lucas 18:12; Mateus 23:23), mostrando que o dízimo era baseado na produção agrária.
3. - O ato de dizimar sempre foi feito para honrar a Deus. Não foi feito para conseguir alguma coisa de volta nem para ser equivalente a uma loteria cristã.

Nenhuma das palavras inglesas “sacrifice”, “offering” ou “gift” corresponde às palavras bíblicas korban, corban ou quorban. (Ver a palavra “gift” em Marcos 7:11), sendo estas derivadas de um verbo que de um modo significa “estar perto” e do outro, “trazer para perto”. No primeiro caso, ele se refere às próprias ofertas e no outro, aos ofertantes, como sendo estes trazidos para perto de Deus. Hoje em dia, a mentalidade de “dar para receber” é vergonhosamente pregada, enquanto dar para honrar a Deus, ou ficar mais perto de Deus, é mencionada apenas como formalidade.
Viver com débitos foi biblicamente relaxado e a usura tornou-se ilegal entre os judeus. O cancelamento de dívidas cada sete anos e o Ano do Jubileu cada cinqüenta anos, os quais eram LEI, já não se encontram mais em efeito (Deuteronômio 15 e Levítico 25). É TUDPO da Lei ou nada da mesma. No mundo hodierno, dever a alguém por serviços ou produtos já recebidos, ou contratados, não imediata e apropriadamente, ou altos juros em vez de usar dinheiro para pagar os “dízimos’, a fim de “sair das dívidas”, é terrivelmente tolo, enganoso e não escriturístico. Isso equivale a uma loteria ”cristã” e aos cristãos imbuídos do “espírito de jogatina”.
Vejo que estamos numa cultura de débitos e não estou dizendo que os cristãos devem estar 100% isentos de dívidas, antes de ofertar qualquer dinheiro. Estou falando da obrigação (lei) de dar, quando as pessoas estão dando sem obrigação, medo ou motivação inapropriada em vez de honrar suas responsabilidades legais, resultando isso em dar desproporcionalmente e entrar em mais débitos. Os pregadores de hoje raramente condenam o dar com débito e vergonhosamente até encorajam isso, chamando de um ato de fé. Infelizmente, a realidade é que muitas vezes o dar em débito é uma forma de jogo cristão, um jogo de dados, um ato de desespero por parte de alguém que já está sobrecarregado de dívidas.
Referindo-se à oferta da viúva, o mesmo Cristo que observou ser sacrifical a abundância em dar, disse em outra parte para sermos financeiramente responsáveis. Ele denunciou a prática de dar a Deus, enquanto se ignoram as responsabilidades (Marcos 12:41-44; 7:10-13; Mateus 22:21; 17:25-27). Romanos 13:7-8 diz: “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.”
Nos dias de hoje, quando você não ousa dar, logo lhe dirão para usar o seu cartão de crédito ou assumir um compromisso de dar [o que contraria totalmente o mandamento supra citado]. Onde, por acaso, já foi uma dívida encorajada na Bíblia? Ela fala de pessoas dando o que possuíam e não o que seria baseado em empréstimos e juros. Escutei, recentemente, numa TV cristã, que alguém deveria entregar o montante de sua dívida ao Senhor e que esse alguém iria receber uma resultante bênção divina para liquidar essa dívida. Isso não passa de um jogo “cristão” antibíblico.

4 - A lei do dízimo era baseada num sistema agrário (terra), num governo teocrático e numa sociedade agrícola.

A terra era propriedade oficial do Senhor, “explorada” pela igreja, com os levitas recebendo os dízimos de Israel, em lugar da terra (Levítico 25:23-24). Tal sistema já não existe, daí por que muitos judeus já não dizimam. Poderia existir o argumento de que uma forma de sistema agrário ainda existe com o governo substituindo a igreja. Hoje o governo é “proprietário” da terra e a explora através de impostos e taxas. Todos pagam esse “dízimo”, direta ou indiretamente ao governo, através de IPTUs, aluguéis, impostos comerciais [ICMS, IPI, etc.] e impostos agrícolas.
O tempo do dízimo obrigatório corresponde ao princípio da organização do governo do estado teocrático judaico, através da Lei de Moisés, da exploração agrícola da terá pela igreja, do sacerdócio levítico e do primeiro Templo judaico a Tenda do Encontro. Seja feita uma distinção importante de que numa teocracia a igreja é o governo, com todas as responsabilidades de governo. Hoje a igreja já não explora a terra; não responde pelo sistema judicial, legislativo e governamental; não mantém nem dirige as forças armadas, nem a força policial; não cuida dos impostos, da distribuição dos recursos públicos, dos serviços de saúde, do bem estar Sócia, das aposentadorias, nem outras responsabilidades governamentais. O governo teocrático da igreja/estado judaico fazia tudo isso, e muito mais, sob a Lei. Nos USA, a igreja e o estado são separados e muito mais de 10% são pagos em impostos, pela substancial maioria dos americanos, às funções governamentais e já não mais à igreja. Vinte e cinco até trinta por cento das taxas americanas vão para uma variedade de causas, quando muitas, se não a maioria, são manuseadas pela igreja, num governo teocrático. Hoje em dia, as deduções de pagamentos e outras taxas até ajudam na isenção de impostos, diminuindo os lucros, inclusive as doações feitas às igrejas.
Samuel advertiu o povo de Deus no sentido de que se este abandonasse a forma de governo teocrático, os dízimos seriam cobrados do povo, levando-o a protestar em razão das exigências governamentais (1 Samuel 8:2-22). A história está repleta de exemplos de excessivas exigências governamentais e a maioria dos americanos já é “triplamente dizimada” em seus impostos pelas funções do governo, que teriam sido antes manuseadas pela igreja, numa teocracia.

5 - Sob o sistema agrário de dizimar, a igreja tinha encargos com relação a manusear e distribuir os dízimos. Tais encargos já não se encontram em efeito.

A igreja, sob a lei agrária de dizimar, tinha responsabilidades específicas sociais e comunitárias por causa da lei, tais como: usar uma porcentagem para ajudar os pobres (Deuteronômio 14:28-29; 2 Crônicas 31:14-15; Neemias 13:12-13). Em alguns casos, a igreja dava também pensões a certos membros (2 Crônicas 31:16-18). O uso comunitário e a distribuição era para os levitas, sacerdotes, estrangeiros, transeuntes, órfãos e viúvas (Deuteronômio 26:12 e 14:29). Não existem mais esses encargos para a distribuição comunitária do dízimo, na igreja de hoje. Cada igreja cristã que tenho visto ensinando o que é incorretamente chamado “dízimo bíblico” como lei, não está praticando realmente o dízimo, conforme os pactos exigidos (Deuteronômio 26:12-15), responsabilidades comunitárias e distribuição de recursos pela igreja, conforme evidenciado no Livro de atos. Na igreja do Novo testamento, as pessoas vendiam o que possuíam e entregavam o resultado à igreja, para que ninguém ficasse em falta (Atos 4:34-35). Convém notar que, sob a lei, as responsabilidades comunitárias eram encargos obrigatórios, enquanto as doações do Novo Testamento eram VOLUNTÁIAS e o dízimo jamais foi mencionado (Atos 4:34-35 e 5:4). Pedro falou para Ananias: “Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder?” Ele jamais falou: “Você era obrigado a trazer o dízimo dessa venda”. Paulo também encorajou o sistema de distribuição de recursos, na 2 Coríntios 8:13-15 e em Romanos 12:13. O propósito do Velho e do Novo Testamentos em relação à riqueza não era ficar rico ou impressionar as pessoas, mas realizar a obra de Deus e compartilhar as necessidades (Deuteronômio 15, Levítico 25, Mateus 19:21 e Efésios 4:28).
Hoje em dia, um sistema de distribuição de recursos, conforme a igreja primitiva do Novo Testamento, seria impossível e teria uma aparência de seita. Contudo, o princípio de usar o supérfluo de alguém para suprir as necessidades de outrem permanece claro através do Novo Testamento. Hoje em dia, muitas pessoas dão o “dízimo” a um povo rico e bem sucedido, com pouca ou nenhuma consideração pelos realmente necessitados. O objetivo de dar tem se tornado o de receber, em vez de distribuir os recursos aos carentes e a outros. Cristo ensinou ao jovem rico que vendesse suas possessões e desse esmolas aos pobres (Lucas 12:33). Ele ficou impressionado porque Salomão não Lhe pediu riqueza como prioridade de sua vida (2 Crônicas 1:7-12).

6 – O Dízimo, segundo se ensina hoje, foi modificado e já não corresponde ao dízimo bíblico.

Deus destinou os dízimos aos levitas em recompensa pelos seus serviços e por não terem recebido a herança pessoal da terra. Os levitas davam o dízimo dos dízimos que recebiam aos sacerdotes. O Cristianismo não tem um sistema agrícola nem levitas e cada cristão agora é um sacerdote, é o templo e um co-trabalhador com /cristo (2 Pedro 2:5-9; Apocalipse 1:6; 5:10. 20:6) De cada judeu era exigido, pela Lei Levítica, que fossem pagos três dízimos de sua propriedade:
1. - Um dízimo para os levitas
2. - Um dízimo para uso do Templo e para as grandes festas
3. - Um dízimo para os pobres da terra.
Em vista do acima exposto, é claro que qualquer igreja que exigisse o dízimo deveria estar gastando PELO MENOS UM TERÇO de sua entrada com os pobres, visto como essa era a exigência sob a lei do dízimo obrigatório. Será que existe alguma igreja que se aproxime disso? Não conheço uma sequer!
Contudo, não é incomum o fato de alguns ministros [eu diria muitos] chamarem seus paroquianos de ladrões, quando estes não entregam o dízimo. Toda a lei ou nada! Os dois únicos exemplo de dízimos antes da lei, em Gênesis, foram voluntários, não rotineiros e baseados na renda.. A lei bíblica de dizimar era na base agrária (da terra). Nenhum desses dízimos era dado em dinheiro, conforme geralmente se ensina hoje. As pessoas não deveriam estar “criativamente inventando” a doutrina ensinando que o dízimo bíblico é dar 10% da renda bruta ou líquida, apanhando e escolhendo qual a parte da lei que elas devem seguir, determinando quantias ou misturando a lei com a graça.
A Bíblia é claro sobre o que era o dízimo, antes e durante a vigência da Lei e como deve ser manipulado. Um dízimo corresponde a 1/10... Mas 1/10 sobre o que e... como? Se alguém quer ensinar que o dízimo é 1/10 da renda bruta ou líquida, que NÂO chame isso de dízimo bíblico. E caso seja esse o seu plano, tenha muito cuidado para não colocar pedras de tropeço no caminho das pessoas, pressupondo que o seu plano é a Lei de Deus, resultando em castigo, caso não seja obedecido.
O dízimo não pode ser praticado conforme o foi nos tempos bíblicos, porque a lei do sistema agrário, dos sacrifícios, do cancelamento de dívidas, do Ano do Jubileu e outros fatos inter-relacionados foram todos abolidos. Além disso, as igrejas não têm lei alguma substituindo-os, para exigir as responsabilidades comunitárias da distribuição de recursos, conforme o dizimar na lei agrária. Nesse caso, seria melhor deixar inteiramente de lado a palavra “dizimar”, nesta Era da Graça, a fim de evitar a mistura da Lei com a Graça, como tem sido tão comum hoje em dia.
Contudo, isso deve ser difícil em razão da “dizimomania” que tem varrido a terra. Muitos vão acreditar que um “plano de dar” vão assistir, contribuir e ajudar as pessoas a decidir o que é apropriado a dar, o que será brevemente discutido.

7 - Controle, ambição ou completa ignorância constituem a motivação por trás de muitas das mensagens atuais sobbre o dízimo obrigatório.

O Novo testamento é claro neste ponto; somos comandados a dar. Para sermos abençoados devemos dar generosa, alegre e voluntariamente, não por necessidade, mas conforme nossas posses, em espírito de fé, amor e retidão. O Novo Testamento não estabelece claramente, de modo algum, quantia ou porcentagem. Paulo não diz para darmos conforme uma porcentagem, mesmo estando a par do ato de dizimar (1 Coríntios 16:2) [Paulo ordenava que se fizessem as coletas antes dele chegar, o que demonstra a sua preocupação de jamais induzir - com a sua presença - os crentes a darem essas ofertas].
Várias vezes Paulo compara o dar voluntariamente com dar fruto e com ofertas queimadas (o seu uso da terminologia do VT (fruto e ofertas queimadas), sem mencionar o dízimo, não poderia ter sido um lapso, em razão de sua ascendência judaica (Filipenses 4:17-18; Romanos 15:26-28). A Bíblia ensina a dar, conforme o Senhor nos tem feito prosperar e conforme nossa capacidade e posses (2 Coríntios 8:11; 9:5-13 e Atos 11:29). A palavra “meios” tem o significado grego de “possessão” e “propriedade”. Isso quer dizer que você está dando o que é totalmente seu e não o que se baseia de crediários ou juros.
O dízimo da Aliança baseado na fé abraâmica F.A.C.T. - já resumidamente discutido, pode ser ensinado como uma prática de fé e graça, evitando, contudo, toda controvérsia sobre a mutilada doutrina do dizimar hoje. Por que não se ensina o dizimar dessa maneira? É por causa do controle, da ambição e, algumas vezes, da ignorância. A ignorância corre livre, f e fácil e proveitosamente, no sentido de controlar as pessoas através do sentimento de culpa e obrigação. Ao chamar os não dizimistas de ladrões, ou pregar o dízimo junto com a condenação, a obrigação e o medo, com relação a específicas quantias dadas, sem o conhecimento do sacrifício, da fé e dos compromissos (que serão discutidos mais tarde), e a intenção que moveu o doador, é o mesmo que pregar a lei. É também uma pedra de tropeço, não é escriturístico, sendo, portanto, um pecado. Uma CONTA obrigatória não pode ser “dar” e “Tudo que não é de fé é pecado”, portanto, vamos acabar com a F.I.C.T.I.O.N. (Condenação e Temor Induzidos, o que é Opressor e Negativo). Cristo ensinou que um homem deveria vender tudo que tinha e dar aos pobres (Marcos 10:21), contudo ficou satisfeito quando o outro [Zaqueu] prometeu que daria a metade dos seus bens aos pobres (Lucas 19:1-10), o que mostra claramente que quantias específicas não são importantes para a Deus.
A história das duas pequenas moedas da viúva torna meridianamente claro que a relação com o dinheiro, a atitude do doador e o sacrifício é que são importantes. Cristo disse que a viúva havia ofertado mais do que os ricos, apesar dos ricos terem ofertado mais (Marcos 12:41-44). Cristo focalizou claramente o sacrifício feito e não as quantias ofertadas. Os mestres do dízimo obrigatório apelam estupidamente para o fato de que uma pessoa rica poderia dizimar sem fazer sacrifício algum, em razão de sua renda. Para um rico fazer o mesmo sacrifício de uma pessoa pobre, quando esta dá 10%, ele teria de dar 90% ou mais de sua renda. A Bíblia está cheia de admoestações contra a opressão aos pobres. A intricada doutrina do dízimo obrigatório, baseada na entrada da renda, nos dias de hoje, é uma coisa que Deus não iria autorizar, visto como oprime os pobres. Lembrem-se que a lei do dízimo obrigatório não era baseada na entrada da renda, conforme ficou claro na seção 2. Cristo ficou impressionado com o sacrifício feito na oferta e não com as quantias ofertadas. Se uma pessoa rica dá 10% sem sentir sacrifício, o mesmo Cristo, que não se impressionou com as grandes ofertas em Marcos 12:41-44, também não se impressionará com as mesmas ofertas, hoje.
Alguns ensinam, ofensiva e desavergonhadamente, o dizimar como lei. Muitos usam sutis distorções mentais que chegam a esse ponto: “Não, o dízimo não é obrigatório, mas se você é um filho de /deus, vai querer dar 10% de sua renda” ou então usam uma técnica semelhante de obrigação e culpa. A outros dizem que não entreguem o seu dinheiro a alguém em necessidade, mas a “um ministério, onde a unção financeira está fluindo”. É então “sugerido” que sem isso não haverá bênção. Outros ainda têm a desfaçatez de dizer: “Não fui eu quem diz isso, foi Deus”. Um boato aplicado a uma Escritura mal aplicada ou ainda a mal aplicada “maldição de Malaquias”, serão discutidos na seção 10. Outros dizem: “Todo o seu dinheiro pertence a Deus.” Conquanto todas as coisas pertençam a Deus, convém lembrar que Ele também disse: “O trabalhador é digno do seu salário”. E que a Escritura é válida para todos, não somente para os que fazem a obra de Deus. Cristo ensinou que vendêssemos o que temos para dar aos pobres, mostrando a respeito do dinheiro um foco consideravelmente diferente do que demonstram os modernos líderes da prosperidade: “Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. (Lucas 12:33). Enquanto isso, muitos líderes de igreja, hoje em dia, contentam-se em pregar uma mensagem mista, quanto a se o dízimo é ou não é obrigatório [deixando os membros de suas igrejas cada vez mais confusos quanto ao assunto]. Essa FICTION precisa acabar!!!
Alguns chegam ao extremo de ensinar que o dízimo obrigatório é simplesmente uma “janela aberta às bênçãos” e que “dizimar além do dízimo é que produz uma tempestade de bênçãos” [Quem tem medo de tempestades, como eu, continue sendo um crente não dizimista, como eu!].
Com uma média de 30 a 35% de sua renda entregue ao governo, para que este exerça as funções que a igreja não mais exerce, dando mais 10% de dízimos mais ofertas, presume-se que os americanos doem no mínimo 50% de sua renda bruta, conforme a pregação dos mestres do dízimo obrigatório. [No Brasil os impostos do governo já atingem uma faixa de quase 50%. Nesse caso, o brasileiro que entrega o dízimo retém apenas 40% do que ele recebe de renda bruta... Então é o caso de indagar: Deus deseja ver os Seus filhos passando necessidade, enquanto os líderes malaquianos se locupletam de bens?]
O antigo ditado: “Deus não se deixa vencer em generosidade”! é realmente correto. Jamais poderíamos dar mais do que Deus nos dá. Contudo, levar as pessoas a crer que elas podem dar indiscriminadamente o seu dinheiro para terem suas necessidades miraculosamente supridas, é infantil e, de modo algum, tem respaldo nas Escrituras. Deus deixa bem claro que devemos ser responsáveis e auto-sustentáveis, sem dependermos dos outros. Isso não quer dizer que Ele não abençoe o ato de dar com sacrifício. Ele o faz. Refiro-me ao dar sem responsabilidade, ao dar indiscriminado, manipulado ou impropriamente motivado e coagido.
Certo ministro declarou: “Não vamos permitir que façam trabalho na igreja pessoas que não sejam dizimistas fiéis!” Este é um édito feito pelo homem e de modo algum é espiritual. Será que Paulo alguma vez exigiu dinheiro para alguém servir às igrejas? Será que o Novo Testamento tornou o dízimo obrigatório para o exercício de qualquer cargo nas igrejas? [Imaginem Paulo recomendando: Timóteo, antes do Apolo servir à igreja tal, veja se ele é um dizimista fiel!].
Primeiro, esses ministros parecem ignorar que para os crentes que escolhem o modo bíblico de dizimar, conforme este documento, TUDO deveria ser dizimado ao Senhor: os dons, os talentos, as posses, o tempo, etc. Contudo, duvido que esses ministros tenham se preocupado em indagar a qualquer uma dessas pessoas do Corpo de Cristo, sobre as suas carências. Parece que a sua única preocupação é com o que estas estariam dando em dinheiro ao Templo... Os hebreus sob a lei agrária eram obrigados a declarar, honestamente, que haviam dado o dízimo “aos levitas, aos estrangeiros, aos transeuntes, aos órfãos e às viúvas” (Deuteronômio 26:134-15). [No contexto atual, o crente que reside num prédio de classe média baixa (ou pobre), em vez de dar o dízimo, deveria ajudar os vizinhos mais pobres, uma vez que Paulo diz em Gálatas 5:14: “toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. ]
Será que os defensores do dízimo obrigatório, levam em conta o dinheiro de origem duvidosa, da negligência nos pagamentos, dos compromissos de dizimar, com o crente contraindo dívidas para isso? Todas essas considerações são bíblicas e poderão acarretar a rejeição divina ao dízimo. Não consigo me lembrar de ter uma única vez escutado qualquer mensagem sobre essas considerações bíblicas. A verdade é que muitos ministros do dízimo obrigatório não se importariam com a origem “corrupta” do mesmo, contanto que o recebam... Contudo, Deus fica muito mais satisfeito com uma vida HONESTA E RESPONSÁVEL do que com aquele crente que dá, movido pelo temor e deslumbrado com as grandes igrejas!
A lei de dar por obrigação era em geral flexível. Existem muitos exemplos bíblicos com relação ao dar obrigatório, dizendo por exemplo: “Quem não tiver um touro, pode dar uma pomba; se não tiver uma pomba, que dê uma taça de farinha, etc.” Pelo visto, a lei tinha muito maior consideração às realidades da vida do que muitos pregadores atuais da prosperidade (Ver Levítico 12:6).
Imaginem a situação de duas pessoas vivendo separadas, cada uma ganhando 400 dólares por semana. Uma delas não tem despesa alguma para viver, enquanto a outra tem dois paralíticos em casa para serem cuidados. Imaginem outra situação em que duas pessoas ganham 500 dólares por semana. Uma delas mora com os pais, sem pagar aluguel, enquanto a outra mora num apartamento alugado, com três filhos para criar, com um dos filhos deficiente, sem plano de saúde... Pois o dízimo obrigatório ordena que essas pessoas dêem exatamente o mesmo, a fim de não serem amaldiçoadas! [Será que Deus aprovaria isso?] Isso é um absurdo! As despesas de nossa vida devem ser responsavelmente manuseadas, segundo a Escritura e o dinheiro que é gasto com enfermidade ou necessidade certamente faz parte da “obra de Cristo”. Quem diz o contrário é um legalista, sem consideração com o próximo, um imaturo e ambicioso.
Quando satisfazemos as necessidades do outro estamos realizando a obra de Cristo (Mateus 25:31-46). As CEGAS REGRAS DA LEI com relação às quantias, não são o DAR que o Novo Testamento ensina realmente. Quando Cristo e Paulo falam em dar, eles sempre deixam claro que o sacrifício é mais importante do que as quantias (Marcos 12:42-44; 2 Coríntios 8:1-5,12). Cristo nos ensinou a nos libertarmos do dar por obrigação (Mateus 17:24-27).

8 - Deus é Soberano e as recompensas podem não ser vistas, conforme se espera nesta vida.

A história de Jô pode ser resumida em duas declarações:
Primeira, não questionar Deus por causa das coisas ruins que possam acontecer com as pessoas boas. Segunda, não julgar as pessoas em tempos difíceis, porque os caminhos de Deus estão acima de nossa capacidade de compreensão.
Jô deixa claro que muitas vezes as circunstâncias da vida podem não estar completamente relacionadas com ações da pessoa. A vida pode ser cíclica e, algumas vezes, parecer completamente má e injusta. Ensinar que dar é de certa maneira garantir uma situação particular da vida é imaturo e não escriturístico.
O Soberano Senhor pode dar e tomar, independente da pessoa dar ou de sua espiritualidade. A história de Lázaro mostra um homem que viveu e morreu na pobreza e, contudo, foi levado por anjos ao seio de Abraão, enquanto o rico foi para o inferno (Lucas 16:19-22). Circunstâncias financeiras da vida não refletem necessariamente a condição espiritual. A Bíblia está repleta de admoestações sobre as armadilhas do dinheiro.
Muitos ensinam que dizimar é uma forma de “proteção ao dinheiro”, que garantirá o dizimista contra prejuízos, acidentes e outras calamidades da vida. Certo pregador disse: “Se eu não dizimasse teria mede de atravessar a rua”. Outro disse: “Sei que posso evitar as calamidades, pois dou o dízimo”. Estes pregadores precisam aprender duas lições. Uma delas é lidar com as realidades, conforme é ensinado na história de Jó. A outra é aprender sobre a vida dos apóstolos e incontáveis outros cristãos, que sofreram através dos tempos, por Deus, pela verdade e pela causa de Cristo. Todos, exceto um deles, foram martirizados. Muitos experimentaram bofetadas, apedrejamentos, naufrágios e outras calamidades e problemas, pois “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas” (Salmos 34:19). (Ler também Atos 14:22). Muitos dos pregadores “bem vestidos” de hoje são ignorantes. Eles vão aonde são bem recebidos, pagos e aplaudidos e consideram qualquer crítica - válida ou inválida - como “perseguição pela causa de Cristo”. O Cristianismo ao estilo Poliana é imaturo e sempre conduz a problemas. A realidade é que a maioria de todos nós cresce mais com a dor, com as acusações e tribulações do que com a facilidade, o conforto e as águas plácidas.
Devemos examinar toda a Escritura e não apenas as promessas de prosperidade que gotejam em nossos ouvidos. Paulo diz que Deus nos abençoa com abundância em todas as coisas (Filipenses 4:19), conquanto falando também de receber uma oferta para os cristãos necessitados. Ele jamais sugeriu que esses cristãos tivessem ficado pobres por causa da falta de fé ou da má conduta. De fato, ele até ensina que em outro tempo poderia até ser que esses cristãos doadores pudessem vir a ter necessidade, como os atuais necessitados, mesmo tendo sido abençoados e capazes de levantar oferta, nessa ocasião, e abençoá-los.
Paulo disse claramente que a vida não significa uma bênção financeira atrás da outra, sem jamais acontecer uma carência (2 Coríntios 9:5-13 e 8:13-15). Será que possível admitir que Pedro não tivesse fé, nem levava uma vida correta e bem sucedida, quando disse àquele mendigo: “Não tenho prata nem ouro...” (Atos 3:6)? Será que Maria não tinha uma vida correta? Pois ela teve de levar uma oferta de pobre para ser purificada (Lucas 2:22-24; Levítico 12:6-8). Francamente, acho que se a maioria dos cristãos atuais tivesse de viver, durante um ano, conforme a igreja primitiva viveu ou como viveram os apóstolos, iria se afastar das cosias supérfluas. O mesmo Cristo que disse: “Dai e vos será dado”, também ensinou a dar a quem não podia retribuir, com uma bênção, na ressurreição, à pessoa que deu (Lucas 14:12-14).

9 - Cristo não ensinou a dar 10% da renda de alguém, contudo permanece o princípio de sustentar ministros e igrejas.

Havia um bem estabelecido sistema em vigor, no tempo de Cristo. Contudo, a única menção direta sobre o dízimo foi feita a um judeu, ainda sob a lei e o dízimo era em ervas (agrário). NÃO em dinheiro ou lucro pela venda das ervas (Mateus 23:23; Lucas 11:42). Certamente havia um comércio de ervas e condimentos (João 12:5 e Marcos 14:3-5), contudo os dízimos mencionados por Jesus eram claramente dados em ervas e não destas procedentes.
Nesse caso, devemos dizer aos cristãos de hoje que eles devem dizimar com ervas? Ou será que devemos dar um pulo totalmente antibíblico das ervas para os 10% da renda em dinheiro? Cristo também ordenou que alguns realizassem a purificação cerimonial, lavagem dos pés e celebração dos dias santos e das festas judaicas. Então, porque não se exigem mais essas coisas dos cristãos, hoje em dia? [Será porque não dão o mesmo lucro?] Toda lei ou nada! Nem mesmo nos ensinos aos judeus Cristo ensinou a dar o dízimo como prioridade para Deus (Lucas 18:9-14), dizendo que havia coisas mais importantes com que se preocuparem (Mateus 23:23). Além disso, considerem-se as várias traduções com referência ao dízimo e observem as significativas mudanças... [Aqui deixo de traduzir as comparações nas várias traduções da Bíblia]. Conquanto os mandamentos para dizimar não existam no Novo Testamento, o princípio de que a igreja e os ministros podem ser sustentados é uma indisputável doutrina do Novo Testamento (1 Coríntios 9:6-9, 13,14 e Lucas 10:7) Convém notar que às vezes Paulo não se recusou a receber doações, quando achou que o Senhor seria assim mais bem servido. (1 Coríntios 9:13-19).

10 - Malaquias 3 está sendo usado como “bruxaria cristã”.

Malaquias 3:8-12 tem sido rotineiramente retirado do contexto e usado como maldição, uma espécie de ”bruxaria cristã” pelos pastores ambiciosos e manipuladores, alguns deles cegos pela ignorância bíblica. Malaquias foi escrito para um Israel que existia sob alei. O dízimo era agrário e não baseado na renda.. Israel havia se tornado relapso, os sacerdotes não faziam o seu trabalho, os sacrifícios eram corrompidos e rejeitados por Deus, com o povo negligenciando totalmente as leis matrimoniais e manutenção e restauração da Casa de Deus. Já não se faziam sacrifícios aceitáveis.
Usar Malaquias como “maldição” contra pessoas salvas, que confiam no perfeito sacrifício de Cristo, pessoas que respeitam o matrimônio e não estão negligenciando o templo do Novo Testamento (ou seja, o seu corpo e condição espiritual), nem faltam às reuniões do “Corpo de Cristo”, é aplicar erroneamente a Palavra d Deus, visando lucro financeiro. Vejam o que declara o autor de um bestseller sobre o dízimo obrigatório:
”Todo cristão que não está honrando Deus com o dízimo é culpado de estar roubando-O; está vivendo sob uma maldição e ficará na escravidão financeira, até que obedeça a Palavra de Deus e comece a dizimar. O dízimo quebra a maldição.” (“God’s Financial Plan”, por Norman Robertson, p. 61, #12). [Este malaquiano é quem deveria ser amaldiçoado por torcer de tal maneira a Palavra Santa]. Isso é o que deve ser dito a uma pessoa salva? O sacrifício de Cristo não é suficiente? Será que Cristo removeu todas as maldições, menos a maldição financeira? Isso é plano FICTION (Condenação à Indução Pelo Medo, a Qual é Opressora e Negativa). Esta declaração mistura a lei com a graça, deixando de manejar corretamente a Palavra da /verdade, constituindo-se em pedra de tropeço, não sendo um artigo de fé e, portanto, sendo pecado.
Recentemente escutei um ministro lançar a despropositada maldição de Malaquias à igreja, declarando que estava cansado de ver a sua igreja sem receber as bênçãos totais de Deus, por causa dos ladrões que entraram na igreja e não dizimavam, dando somente uma renda de fonte corrupta. Será que esse ministro iria recusar todo o dinheiro desses “ladrões não dizimistas”? Por que iria ele participar de sua “ladroagem e pecado”, aceitando o dinheiro de uma “fonte corrupta?” (Malaquias 1:10; Amós 5:22) ...
Para estar certo de que não haveria engano na lei do dízimo agrário sob a lei, cada hebreu tinha de fazer uma declaração de honestidade perante o Senhor(Deuteronômio 26:13-15). Essa declaração obrigatória também especificava que o dízimo tinha sido dado honestamente “... ao levita, ao estrangeiro, ao transeunte, ao órfão e à viúva”.

11 - Quer você esteja errado ou dê erroneamente, isso de nada lhe aproveitará em dar.

Devemos manejar corretamente a Palavra da Verdade. A 1Coríntios 13 esclarece: “E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”. Esse é o amor ÁGAPE. Sugiro que quem dá com o propósito de receber está impropriamente motivado, pois não é dado com amor ÁGAPE. Devemos dar por amor, porque isso é correto. Tudo que recebemos de Deus é pela GRAÇA através da fé em Jesus Cristo e Ele jamais nos ensinou a nos basearmos em obras (Lucas 18:9-14). A Escritura ensina que Deus não aceita ofertas de pessoas que o vivem desonestamente e que não dêem com espírito reto. (Malaquias 1:10; Amós 5:22, 1 Coríntios 13:3).
O Novo Testamento sempre aperfeiçoa a lei. No Novo Testamento a intenção é mais importante do que a regra. Segundo nos esclarece a 1 Coríntios 13, TUDO que é dado com falsas intenções de lucro resulta em NENHUM lucro individual. As promessas de Deus são de fé e esperança, mas dar sem amor ÁGAPE não dá resultado algum. Alguém pode crer e esperar por boas coisas do Pai, sem dar com o objetivo principal de receber. De outro modo, esse ato se torna centrado em obra. E tudo que afeta e perfeita obra de Cristo não provém de Deus. (Lucas 18:9-14).

12. - O Dizimo antes e durante a lei jamais foi o mesmo que ofertas das primícias

Muitos mestres do dízimo obrigatório confundem o dízimo com a oferta das primícias. Por não saberem manejar corretamente a Palavra da Verdade, muitas escrituras com relação a dar as primícias são mal aplicadas, a fim de darem suporte à doutrina do dízimo obrigatório. A oferta das primícias acontecia quando os israelitas traziam a primeira porção dos frutos colhidos como oferta. Era uma petição pelas colheitas futuras, as quais, então seriam dizimadas. [Era uma forma de promessa de que os dízimos das colheitas seriam entregues]. A oferta das primícias nunca foi dizimo, antes nem durante a vigência da Lei Mosaica.

13 - A obra de Cristo não deve ser vista como promessa de que seremos bem sucedidos e nos tornaremos ricos.
Agora vou inserir alguns comentários de uma entrevista feita com o x-pregador pentecostal, Jim Baker, depois que ele se arrependeu e Deus ressuscitou o seu ministério:
“Sobre a pregação da prosperidade: Comecei a ler e escrever cada palavra conforme registrada no Evangelho. Chorei por ter estado tão errado, pregando outro evangelho e outro Jesus. Jesus chamou a riqueza de enganosa. Ele também disse: ‘Ai dos ricos’ e que ‘Não se pode servir a Deus e às riquezas’ (Mateus 6:24; Lucas 16:13). Ele jamais colocou os ricos e as riquezas num foco positivo. Como eu pude desperdiçar tanto tempo enfatizando bênçãos financeiras?
Eu costumava citar a 3 João 2 dizendo: ‘Acima de tudo, Deus deseja que vocês prosperem’. Eu amava essa passagem da Escritura. Ela parece ótima, num cenário da TV, quando se levantam fundos, e eu as interpretava como se Deus desejasse que fôssemos todos ricos. Mas quando cheguei às palavras de João, pensei: ‘Ora, isso não faz sentido.’ Então procurei a palavra ‘próspero’ no Grego e descobri que ela é composta de dois vocábulos: o primeiro significando ‘bom’ ou ‘bem’ e o segundo significando ‘jornada’. É uma palavra progressiva, então parece uma jornada.
Então, temos aqui basicamente o que João quis dizer: ‘Amado. Desejo-lhe uma boa jornada pela vida, do mesmo modo como sua alma tem feito uma boa jornada para o céu’. Era uma saudação! Construir uma teologia sobre esse verso é o mesmo que edificar a igreja sobe a frase ‘Tenha um dia feliz!’
Comecei a examinar as passagens da Escritura, usadas no ensino da prosperidade, tais como “Dai, e ser-vos-á dado’ (Lucas 6:38). Mas quando fui ao contexto da Escritura, descobri que Cristo estava nos ensinando que na mesma medida em que perdoamos somos também perdoados. Ele estava ensinando o perdão, não dinheiro. Ele estava nos ensinando que na medida em que perdoamos somos também perdoados.
Eu costumava copiar meus sermões de outros pregadores. A Bíblia admoesta os pastores que obtêm suas mensagens de outros. Acho que a razão de termos hoje outro evangelho e outro Jesus sendo pregados é porque os pregadores tiram seus sermões dos outros e do ensino motivacional. Uma porção do que está sendo ensinado hoje é simplesmente ensino motivacional, com um pouco de Escritura nele inserido”.
Para alguns pregadores o Cristianismo dos tempos atuais parece nada mais do que um bolo de sucesso com uma camada de cobertura cristã. Para eles “a riqueza é igual à piedade’. E ‘a falta de riqueza é igual “maldição”. Mas vamos ler Tiago 1:9-11: “Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, e o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva. porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos”.
Muitos arrogantes mestres da prosperidade olham para os pobres, esquecendo que uma boa fatia do seu dinheiro provém dos baixos salários do trabalhador. Tal arrogância leva muitos deles a acreditarem que “Deus sempre se encontra onde o dinheiro está fluindo”. Muitos dos que são escravos da doutrina da prosperidade pensam assim: “Ora, se eu estou faturando tanto dinheiro, isso só pode ser de Deus!”
Deus já não habita em templos. As pessoas é que são a Casa de Deus e o Corpo de Cristo. Mesmo com tanta “revelação” grassando, hoje em dia, na igreja, eles não conseguem entender isso e continuam a buscar no Velho Testamento a [extinta] glória do Templo.
Certa igreja gastou milhares de dólares na aquisição de aparelhos eletrônicos de som e em computadores. Mas não pôde ajudar um cristão carente, o qual , por motivo de doença, não dispunha de uma pequena quantia para não perder o seu veículo utilitário. A obra de Cristo e do Corpo de Cristo é mais do que os cofres da igreja e seus edifícios. Ela deve ser compartilhada com as necessidades das PESSOAS, em muitos níveis diferentes, onde quer que estas se encontrem.
Quem gasta dinheiro num ministério de presos, está gastando-o para Cristo. Quem alimenta o próximo faminto, está alimentando a obra de Cristo. Conquanto a igreja local não deva ser negligenciada, não existe qualquer Escritura dizendo que todo o dinheiro destinado a Deus tenha de entrar na igreja, para os cofres dos ministros. Muitos pregadores e igrejas até parecem penar que o simples fato de dar para o Senhor é dar para eles. Certa vez escutei um deles dizer: “Se alguém à sua esquerda ou à sua direita precisar de pneus ou de muletas para o seu filho, você precisa dar o dízimo, antes de pensar nessas cosias”. [Esse pastor nunca leu a 1 Timóteo 5:8, que diz: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel”. ... Como se ajudar o irmão ou satisfazer as necessidades da família não fosse a verdadeira obra de Deus! Leiamos a história do Bom Samaritano. Quantos estão pagando aos outros para fazerem a sua obra. Estão pagando aos outros para que esses ministrem em seu lugar. Muitos estão dizimando por medo da ridícula “Maldição de Malaquias”’, deixando o seu vizinho passar necessidade. Eles acham que somente após terem conseguido a sua “chuva de bênçãos financeiras” poderão ajudar os carentes. Essas igrejas procuram ainda a glória do Templo judaico, esquecendo a glória do templo do Novo Testamento... o Corpo de Cristo, que vive e respira.
Muitos “dizimistas fiéis” têm deixado de ajudar um casal de idosos carentes, a fim de darem o dízimo na igreja, porque ali sua ação será registrada, enquanto o ato de dar ao próximo ficará em segredo. Contudo Cristo nos mandou dar em secreto. Hoje existem incontáveis gigantescos edifícios eclesiásticos e todo tipo de ministério cristão na Mídia e na Internet, etc. Com toda essa construção de coisas será que o Cristianismo melhorou? Recentemente, quando via um certo programa “cristão” na TV, em casa, precisei desligar o aparelho, quando entrou um descrente, com vergonha da escandalosa petição mercenária de dinheiro. [Por essas e outras é que só ligo a TV para ver o Jornal Noticioso ou então novelas, para não precisar “me envergonhar do Evangelho, que antes era o poder de Deus e agora é dos pastores malaquianos]...
A desculpa é que o mundo não vai escutar a mensagem do evangelho, a não ser que você seja rico e bem sucedido, o que é uma tolice. Cristo não tinha onde reclinar a cabeça e mesmo assim as multidões afluíam para Ele. João Batista vivia como um eremita e mesmo assim as multidões corriam para ele. Muitos cristãos, no Livro de Atos, vendiam o que possuíam, para que as pessoas carentes tivessem o necessário. Mesmo assim, a mensagem deles foi tremendamente bem sucedida. Pelo que sei, nenhum dos apóstolos ficou conhecido como um bem sucedido homem de negócios, mas, mesmo assim, eles entregaram muito bem a sua mensagem.
A Bíblia ensina que nada há de errado com a prosperidade ou o sucesso obtidos, contanto que sejam apropriadamente manuseados. Oro para que os alcancemos através de uma vida limpa, de fé, graça e amor, não pelo temor da lei, da condenação ou da FICTION.

14 - O que significa Dizimar pela Fé embasada no Pacto Abraâmico – F.A.C.T.?

Os dois exemplos de dizimar em Gênesis foram voluntários, baseados no lucro e na fé. Estudem Gálatas 3, Efésios 2:12 e Romanos 4, e verão como Paulo relata a fé, a justiça e o que é ser um “verdadeiro israelita”, voltando à fé antes da lei e à promessa feita a Abraão. O FACT está baseado nesse princípio abraâmico, um princípio de que o dízimo deve ser oferecido a Deus do que é totalmente posse do dizimista, jamais baseado em crédito e juros. Não se pode “colocar Deus em primeiro lugar”, negligenciando o pobre e necessitado, as obrigações financeiras, as necessidades familiares e os compromissos assumidos. Quem faz isso não está colocando Deus em primeiro lugar, mas querendo impressioná-Lo, esperando que Ele lhe mande uma “chuva de bênçãos”. Em outras palavras, você está dando para receber... Esse tipo de pensamento impingido pela teologia da prosperidade é imaturo, não escriturístico e antiético. Ele não passa de um “jogo cristão”, um câncer que se alastra no Corpo de Cristo...
Deus espera que sejamos financeiramente responsáveis, não estultamente imbuídos desse completo “espírito de jogatina”. (Romanos 13:7-8). Não se pode oferecer a Deus coisa alguma que esteja contaminada por débitos. As doações a Ele devem ser feitas de coisas que nos pertençam ou que tenham sido honestamente adquiridas através de doações (2 Samuel 14:24). Entretanto, raramente se escuta isso dos pregadores da prosperidade. Antes de escolher o método FACT, as despesas obrigatórias devem ser deduzidas de sua renda bruta. Disso resultará uma media do que se pode pagar. [Recebo em média R$2.300 mensais. Quando deduzo as despesas de Plano de Saúde, energia elétrica, telefone, Ministério, Condomínio, faxineira, prestações, etc. me sobram apenas R$600,00 para alimentação, por isso entrego R$60,00 à igreja, não como dízimo, mas como ajuda na construção do novo templo. O Governo brasileiro já nos taxa em mais de 37% do nosso ganho; portanto, a igreja não pode receber um dízimo e deixar-me passando necessidade.]
Se alguém quiser dar 10, 20 ou 30% do que recebe, maravilha! Mas que o dê generosa, alegre e voluntariamente e não por temor de maldição. [Contanto que depois não entre no SPC, como certas amigas, que eram membros de uma igreja malaquiana (da fé) e se endividaram tanto que vieram pedir meu nome para fazer o crediário de um aparelho (R$400) na cidade. Dei a uma delas... a qual, depois, não pôde me pagar. Mas como é honesta, simplesmente me devolveu o que ela havia comprado em meu nome, mesmo sem eu exigir]. Somente quem oferta conforme as exigências do Novo Testamento pode candidatar-se às bênçãos divinas.

15 - Cuidado com as corrupções nas Bíblias Modernas

No afã de facilitarem a petição de dinheiro, a maioria das Bíblias modernas troca palavras como “ervas” por dinheiro e coisas desse tipo. Recomendamos o uso da Bíblia King James - para quem saber ler Inglês - e da Bíblia Corrigida FIEL em Português. Essas não fazem sabotagem na Palavra, com o fito de engodar os cristãos.... (Esta parte foi resumidamente interpretada porque achei muito complicada).

16. - Algumas considerações sobre Melquisedeque

Muito tem sido criado sobre o misterioso Rei de Salém (Jerusalém) em Gênesis 14 pelos mestres do dízimo obrigatório. A realidade [porém] é que no tempo dizimar era uma prática pagã e um hábito voluntário especial de aceitar uma regra criada. Usar o argumento de que o dízimo é hoje obrigatório porque Abraão o deu a Melquisedeque é ridículo pelas seguintes razões:
Primeira, Abraão dizimou voluntariamente os seus despojos de guerra, não sal riqueza pessoal.
Segunda, não havia qualquer ordem dada por Deus no sentido de dizimar.
Terceira, Abraão já havia sido abençoado pela vitória que Deus lhe dera (Hebreus 7:2; Gênesis 14:20,22,24). Nada existe na Escritura que diga ter sido a bênção sobre Abraão o resultado do seu dízimo.
Quarta, o dízimo de Abraão foi um exemplo único.
A questão do sacerdócio de Melquisedeque é puramente judaica. Não é assunto gentílico, visto como os gentios nada tiveram a ver com o sacerdócio levítico. Foram os judeus que tiveram problema em aceitar Cristo como o Sumo Sacerdote, porque Ele era da tribo de Judá e não da Tribo de Levi, da qual os judeus haviam sido doutrinados que deveriam sair os sacerdotes. Essa é a razão de ter Paulo discutido amplamente o assunto na Epístola aos Hebreus. Os judeus, obviamente, não podiam entender o sacerdócio de Cristo e Paulo tentou explicá-lo. Hebreus 7 é um do capítulo difícil de entender e eu acho que a Versão Amplificada fez um bom trabalho nesse ponto. Lembrem-se que os levitas pagavam o dízimo do dízimo aos sacerdotes. Paulo tentou explicar aos judeus que a Tribo de Levi ainda não havia nascido e estava no seio de Abraão e que eles, de fato, pagaram o dízimo ao sacerdócio eterno de Melquisedeque, ao qual pertencia Cristo, para assim reconhecer o sacerdócio de Melquisedeque, mesmo indiretamente. Paulo estava tentando mostrar aos judeus que o sacerdócio levítico era ineficiente e temporário, enquanto o de Melquisedeque era eterno e melhor. Os levitas ainda não nascidos, ao pagar o dízimo via Abraão, não justificam uma doutrina obrigatória do dízimo pelas quatro razões supra citadas.
É difícil os gentios entenderem estes assuntos, por serem eles basicamente irrelevantes à sua aceitação de Cristo. Os gentios não precisam tornar-se judeus para se tornarem cristãos e Paulo deixou claro ser errado colocar sobre eles o fardo das questões e obrigações judaicas.
Posso garantir que a legítima significação do aparecimento de Melquisedeque em Gênesis 14 é que Abraão havia arriscado a vida pra resgatar o seu sobrinho [Ló]. /este é o primeiro relato bíblico de alguém tentando salvar um homem com total altruísmo. Lembrem-se que Abraão não poderia reter os despojos de guerra e recusou-se a fazê-lo. Sua única motivação [para essa guerra] foi salvar o sobrinho. Após o registro desse primeiro ato de altruísmo, repentinamente o Rei de Salém aparece com pão e vinho [comunhão]. Abraão passara no teste por ter querido sacrificar-se pelo outro. Mais tarde, ele estaria concordando e sacrificar o próprio filho [Isaque] e temos aqui novamente um ripo de Cristo em forma de sacrifício e promessa.
Isso não faz muito mais sentido bíblico do que tentar torcer a Escritura, a fim de fazer parecer que Melquisedeque quis ensinar a obrigatoriedade do dízimo, especialmente em vista dos demais assuntos discutidos neste documento?

17 - Outras considerações finais
Estudem e orem bastante sobre este assunto, a fim de se persuadirem do mesmo. Não se permitam ficar sob uma condenação desnecessária... “Quando alguém acha que algo é pecado, então para ele é pecado". Porque sua consciência não está esclarecida. Romanos 14 e Mateus 6:2-4 poderão ajudá-lo a entender isso e ajudá-lo também a lidar com outros itens com referência à lei do dízimo no Pacto, não se deixando influenciar pelo vento prevalecente. O plano F.A.C.T. é bom, voluntário, bíblico, embasado na fé e na graça, o qual poderia ser ensinado sem a herética subalimentada reconstrução da lei agrária do dízimo ou da mistura da lei e da graça.
O plano FACT de dar é exatamente esse. O caso é se alguém está realmente dando em obediência a Deus, segundo as exigências do NT, detalhadas neste documento, fazendo, portanto, a coisa certa, mesmo sem determinar porcentagens. Que os crentes sejam conduzidos pelo Espírito, corretos e, sobretudo, generosos, segundo o mandamento de Cristo. Que não usem este documento como desculpa para serem avarentos.
Embora eu tenha encontrado termos como dízimo financeiro, dízimo inspirador, dízimo de revelação e outros, a Bíblia realmente só ensina o dízimo voluntário, antes da lei, baseado na renda e o dízimo agrário da lei, baseado na produção da terra.
Conquanto alguns que pregam o dízimo obrigatório possam dizer que “não temos revelação”, muitos encontrarão a verdade neste documento. Outros que pregam o dízimo obrigatório poderão ver a verdade neste documento, quando caírem em desgraça, sofrerem calamidades, algo que os torne menos egoístas e interessados em objetivos, ou estejam se aproximando da morte.
Estejam certos de que estou nos dois lados, crendo nas bênçãos divinas. Pessoalmente tenho experimentado milagres da providência e provisão de Deus. Talvez vocês perguntem: “Por que, então você toma agora essa posição?” Posso responder com uma palavra apenas - MATURIDADE.
Em vista da atual realidade financeira mundial, quem achar que deve ensinar o plano de entrega para facilitar o dar, que ensine o FACT – o dízimo baseado no Pacto de Abraão descrito neste documento. Ofertas voluntárias podem, e muito, suplementar o dízimo do plano FACT. Este pode ser segundo a fé de que somos os “legítimos israelitas”, os quais irão governar com Cristo, e compartilharão da herança da fé, não baseada na lei abraâmica. Que a Igreja de Deus possa dividir corretamente a Palavra, sem jamais ultrapassar o que nela está escrito e NUNCA praticar uma doutrina que misture a lei com a graça.
A questão, portanto, é a seguinte: os pregadores de hoje têm a mesma fé abraâmica para pregar o plano FACT, ou será que continuam pregando plano FICTION (Fear Inducement Condemnation That Is Opressive & Negative)? Conquanto alguns continuem livres da ignorância ou do hábito, outros pregadores “da fé” não terão bastante fé nem caráter para pregar a verdade contida neste documento. Eles preferirão justificar a mistura da lei com a graça, usando o sentimento de culpa, a manipulação e o controle, enganando-se a si mesmo e aos outros, que imaginam que a obra de Cristo está sendo bem feita.
Dei-lhes a verdade sobre o dízimo obrigatório. Quem quiser contribuir para promover esta mensagem, por favor doe agora via online ou então para o endereço abaixo. **************************************************

Palavras de Russel Kelly ao autor do artigo “Should the Church Teach Tithing?” (Deveria a Igreja Ensinar o Dízimo?):
Aprecio este artigo escrito sobre o dízimo. Concordo 95%, o que é ótimo para mim. Minha tese de 364 páginas de doutorado PHD engloba a maior parte dos seus pontos em detalhe. (Checar os pontos em revista no amazon.com). Só discordo com a afirmação de que o dízimo de Abraão foi baseado na fé e foi voluntário. A Bíblia não diz isso, embora muitos tenham assumido ser esta a verdade. Minha pesquisa em Gênesis 14:21, não 14:20, me fez chegar à conclusão de que Abraão parece ter pago os despojos de guerra em vista da TRADIÇÃO CANANITA DE OBRIGATORIEDADE, a qual podemos comprovar que tem continuado a existir pelo mundo, até o dia de hoje. Visto como a sua definição “agrária” do dízimo é a única de fé verdadeira, não deveria a palavra ser usada com outra definição – independente de quão sincera a pessoa fosse. Tenho muito o que compartilhar com você, caso esteja interessado.
Passei mais e dez anos fazendo pesquisa para escrever o meu livro. As. Russel Kelly.
Rabino Robert Alput - “Dizimar no sentido de colheitas, certamente já não se faz. Claro que os judeus são encorajados a fazer caridade (tzedakkab). Se eles dão 10% ou mais, isso é com eles, com Deus e com os seus contadores”.
Zola Lewitt - O dizimo para os cristãos de hoje? Dizimar era parte da Lei de Moisés, sob a economia legal de Israel e não se aplica à igreja hodierna, visto como vivemos sob a graça e não sob a lei (Romanos 6:14 e 10:4).
Então, temos a obrigação de “apresentar os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. E não sermos conformados com este mundo, mas sermos transformados pela renovação do nosso entendimento, para que experimentemos qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deu” (Romanos 12:1-2).
O Novo Testamento ensina a dar conforme o que temos e não o que não temos. (2 Coríntios 8:12). Se pudermos dar apenas 5%, conforme o Senhor nos ordenar, que assim seja. Não é quanto damos que importa a Deus, mas a atitude e a motivação com que o fazemos. Essa é a preocupação do NT com respeito a dar, em vez de medir a quantia que é dada (2 Coríntios 8-9).
A Concordância Greco-Hebraica de Estudo da Bíblia da Versão BKJ (The Hebrew-Greek Key Word Study Bible) oferece uma nota explicativa sobre Malaquias 3:7-15: “Esta passagem é muito usada pelos que advogam o ‘dizimar para manter a minha casa’, ou seja, ‘Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa’ (no caso, a igreja local), em vez de levar a outro local. Eles sugerem que os donativos aos ministérios deveriam ser além do “dízimo”. Certamente “a casa do tesouro” de Malaquias significa o Templo ou algum anexo do mesmo. Contudo, o dízimo do Velho Testamento - ou 10% - não poderia ser razoavelmente equiparado com os 10% do salário ou renda bruta que a maioria das pessoas recebe hoje em dia. Acima de tudo, o ato de dar deveria ser um assunto entre o Espírito Santo e o crente, jamais uma regra estabelecida. Ele pode ser um guia adequado para determinar quanto as pessoas podem dar (de fato, para muitos numa sociedade próspera este nível pode até ser adequado), mas a quantia a ser dada deve ser uma decisão pessoal. O Apóstolo Paulo escreveu que Deus examina a motivação para dar e não a quantia (2 Coríntios 9:7). Ele diz ainda que as igrejas estão gastando cada vez mais do seu orçamento, com itens como cadeiras de teatro, ampliação de sistemas sonoros, ao mesmo tempo em que cortam despesas nos fundos para os programas de alcance exterior. Também convém notar que muitos dos ministérios que se recusam a mostrar a completa contabilidade financeira são aqueles cujos mestres são mais enfáticos no dízimo obrigatório.
Opinião de Richard Wayne Garganta - Muitas pessoas que criticam os pregadores, chamando-os ambiciosos coletores de dinheiro, são atormentadas pela mentalidade do “dar para receber”. Também existem pregadores de fé e homens confiáveis. Existem os mestres do sucesso, mas também os que pregam a mensagem do Evangelho. Os leitores bem aconselhados podem saber a diferença entre eles. Tradução de Mary Schultze, junho 2006.tia a ser dada deve ser uma decisão pessoal. O Apóstolo Paulo escreveu que Deus examina a motivação para dar e não a quantia (2 Coríntios 9:7). Ele diz ainda que as igrejas estão gastando cada vez mais do seu orçamento, com itens como cadeiras de teatro, ampliação de sistemas sonoros, ao mesmo tempo em que cortam despesas nos fundos para os programas de alcance exterior. Também convém notar que muitos dos ministérios que se recusam a mostrar a completa contabilidade financeira são aqueles cujos mestres são mais enfáticos no dízimo obrigatório.
Opinião de Richard Wayne Garganta - Muitas pessoas que criticam os pregadores, chamando-os ambiciosos coletores de dinheiro, são atormentadas pela mentalidade do “dar para receber”. Também existem pregadores de fé e homens confiáveis. Existem os mestres do sucesso, mas também os que pregam a mensagem do Evangelho. Os leitores bem aconselhados podem saber a diferença entre eles. Tradução de Mary Schultze, junho 2006.

Nenhum comentário: