IBB:
ASCENSÃO E QUEDA DA IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA
HISTÓRICO:
Em 2 de Julho de 1940, em meio à Segunda Guerra Mundial, nascia uma instituição da Convenção Batista Brasileira, chamada Imprensa Bíblica Brasileira.
Tal entidade foi formada pela necessidade de se imprimir Bíblias no Brasil, já que as que eram usadas pelos crentes brasileiros vinham todas do exterior. Três grandes fontes podem ser consideradas como as principais, que respondiam pela maioria quase que absoluta das impressões das Bíblias protestantes (Tradução Almeida Revista e Corrigida) existentes no Brasil até essa época:
1. Trinitarian Bible Society – TBS - Londres
2. American Bible Society – ABS – Estados Unidos
3. British and Foreign Bible Society – BFBS - Londres
Duas perguntas, então, se fazem necessárias:
1. Por que três fontes distintas?
Resposta: A Trinitarian Bible Society –TBS, foi formada em 1831 por se negar a praticar o ecumenismo que assolava os membros da British and Foreign Bible Society – BFBS, em Londres, que toleravam hereges no seu meio. A recém formada Trinitarian Bible Society (TBS), por causa das suas convicções acerca da doutrina da Trindade e do texto da Bíblia, se comprometeu a divulgar apenas a Bíblia King James, na língua inglesa, e mais tarde, no caso da língua portuguesa, apenas a Bíblia de Almeida (conhecida pelo nome de Revista e Corrigida a partir de 1898), ambas baseadas no Texto Recebido e Massorético! A American Bible Society -ABS, por outro lado, à semelhança da BFBS, também seguiu um caminho liberal, se afastando de uma posição separatista e ortodoxa. Tanto isso é verdade, que ela se uniu à ecumênica United Bible Societies (UBS), que foi formada por 13 Sociedades Bíblicas, em 1943, incluindo a British and Foreign Bible Society – BFBS (que em 1924 e 1939 já imprimia uma versão em português que mexia no texto de Almeida : a "proto-Atualizada" já estava circulando...). Apesar disso, a maioria das Bíblias usadas entre os protestantes brasileiros até a década de 1940, ainda era a Almeida Revista e Corrigida de 1898.
2. Porque foi necessária a criação de uma Imprensa Bíblica Brasileira?
Resposta: Com os imensos esforços de guerra na Europa e Estados Unidos (1940-1945), o envio de Bíblias para o Brasil pelas 3 fontes acima mencionadas, se tornou problemático pela escassez financeira e pelos riscos do transporte marítimo, causados pelos inúmeros torpedeamentos de navios, principalmente por submarionos alemães. Isso tudo para não falar dos impiedosos ataque a Londres (sedes de pelo menos 2 das Sociedades Bíblicas mencionadas) pelos alemães. Os líderes da Convenção Batista Brasileira, então, inauguraram em 2 de Julho de 1940, na cidade do Rio de Janeiro, a Imprensa Bíblica Brasileira, IBB.
OS PIONEIROS:
De acordo com o Boletim Especial de 1994 da IBB (Comemoração do Jubileu de Ouro), página 3, os pioneiros que exibiam uma página impressa da primeira Bíblia totalmente editada no Brasil, em 25 de junho de 1943 eram:
T.B. Stover,
Diretor da Casa Publicadora Batista;
Flávio Bersot,
Chefe das Oficinas Gráficas;
J. J. Cowsert
Diretor de Produção, Diretor de Propaganda da Casa Publicadora; e
Asa. Routh. Crabtree (1889-1965)
Membro da Comissão de Revisão da IBB.
“O texto escolhido foi o de Almeida. A impressão teve início no dia 25 de julho de 1943, na cidade do Rio de Janeiro e ficou pronta a 4 de agosto de 1944, com uma tiragem de 22.208 Bíblias.” (Boletim Especial, IBB, 1994, página 2)
Por se referir que “O texto escolhido foi o de Almeida...” fica claro que a Bíblia era a Almeida Revista e Corrigida baseada no Texto Recebido e no Texto Massorético, a única que gozava do verdadeiro respeito pela maioria esmagadora dos crentes de fala portuguesa, sem as interferências tortuosas do criticismo textual.
AS PRESSÕES DOS LIBERAIS:
As pressões dos liberais, que estavam contaminados com o criticismo textual, foram tais que o texto de Almeida foi atacado já a partir do meio da década de 1940.
Vejamos alguns fatos e pessoas que participaram dos ataques:
William Carey Taylor, Th.D., (1883-1971). Professor de Grego do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) entre 1916 e 1934. Não escondia basear o seu “Dicionário do Novo Testamento Grego” no trabalho dos heréticos Westcott e Hort (Introdução, pág. 5). Percebe-se que o fermento do criticismo textual já tinha contaminado o presbiteriano B.B. Warfield (1851 - 1921) e A.T. Robertson (1895-1934), esse último, um batista muito influente entre a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. A contaminação pegou em cheio também William Carey Taylor, que, influenciado pelos dois acima mencionados, se encarregou de passá-la para o Brasil. Veja essa citação da Grande Gramática Grega de A.T. Robertson (mais de 1.400 páginas!):
" I should say that the text of Westcott and Hort is followed in all essentials"(A Grammar of The New Testament in The Light of Historical Research, A.T. Robertson, 1914, 1st. Edition, PREFACE, pg. xiv.) Tradução:
"Eu devo dizer que o texto de Westcott e Hort é seguido em todo o essencial"
Robert G. Bratcher Th.D., (1920 - ) Filho do velho missionário L. M. Bratcher (1888-1953), da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, de acordo com o livro “A Bíblia Traída”, Dr. Aníbal Pereira Reis, Edições Caminho de Damasco, 1976, pág. 130, o Dr. Robert G. Bratcher foi professor de Grego e Novo Testamento (A Most Frightful Deception – The Good News Bible and Translator Robert Bratcher, David Cloud, 1986, pg. 15) no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), foi o tradutor chefe da TEV, Today’s English Version (1966) pela American Bible Society (note como o fermento cresceu) e da BLH, Bíblia na Linguagem de Hoje (1973) pela Sociedade Bíblica do Brasil , obras altamente liberais e baseadas no corrupto Texto Crítico WH e na corrupta técnica da Equivalência Dinâmica.
1943: Fundação da Sociedade Bíblica do Brasil.
1946: Início dos trabalhos da Almeida Revista e Atualizada pela Sociedade Bíblica do Brasil. Note, entretanto, que esse trabalho da Revista e Atualizada foi de "fachada", porque tão cedo quanto 1924, ou seja, 22 anos antes "do início dos trabalhos", a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, (ou British and Foreign Bible Society - BFBS) já nos fazia o "favor" de distribuir uma tradução em português precidíssima com a Atualizada, baseada no texto Crítico dos incrédulos Westcott e Hort! A profecia dos homens crentes da Sociedade Bíblica Trinitariana, que se retiraram da BFBS em 1831, se cumpriu! A British and Foreign Bible Society corrompeu o texto Bíblico em todos os idiomas possíveis.
1948: Nasce o Neo-Evangelicalismo. Veja no prefácio do livro The Battle for the Bible do Dr. Harold Lindsell como, o Dr. Harold Ockenga (1905 – 1985) definiu o novo movimento chamado de Neo Evangelicalismo:
"Neo-evangelicalismo nasceu em 1948 em conexão com uma convocação a qual eu proferi no Civic Auditorium em Pasadena. Enquanto que, reafirmando a visão teológica do Fundamentalismo, essa apresentação repudiou sua eclesiologia e a sua teoria social. A chamada para O REPUDÍO AO SEPARATISMO e a convocação ao envolvimento social, receberam as mais calorosas respostas de muitos evangélicos. Isso difere do Fundamentalismo no repúdio ao separatismo e sua determinação em se engajar no diálogo teológico do dia. "
1949: A IBB, em setembro, terminou a “revisão” (modificações se afastando do Textus Receptus?) do Novo Testamento, e em 1959 atingia o primeiro milhão de Bíblias com a 13ª impressão. Vejamos a citação:
“No mesmo ano [1959] estava pronta a revisão da Bíblia toda, que foi publicada em 1967, com o formato da Bíblia de púlpito.” (História dos Batistas no Brasil, 1882-1982, José dos Reis Pereira, JUERP, 1982, pg. 160)
Observação: A “revisão” que começou timidamente em 1949, foi a mesma que “estava pronta” em 1967, ou seja, a lamentável Bíblia REVISADA! Entenda-se Revisada, uma obra que se afastou totalmente do Texto Massorético e do Textus Receptus, usados por Almeida. Lemos na página 2 da Revisada (2ª impressão, 1987):
“Esta é a segunda impressão da nova composição da Versão Revisada, de Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego, que saiu em 1967, e que nesta nova fase apresentamos com ligeiras modificações... A Imprensa Bíblica Brasileira criada em 1940, e divisão da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira (JUERP), foi a primeira entidade a imprimir a Bíblia no Brasil. Na ocasião de sua fundação, foi iniciada uma revisão completa e em profundidade do texto da versão “Revista e Corrigida”. (grifo nosso)
Interessante notar é que o povo batista não gostou dessa tal de “Revisada” e a “Revista e Corrigida” (mesmo com pouca mistura do "texto crítico") continuou a ser a preferida entre os evangélicos brasileiros. Comentava-se que 2 obras causaram pesadas perdas na JUERP: A Bíblia "Revisada" e o HCC...
O que se questiona dessa comissão de Revisão é que porque omitiram no prefácio quais seriam esses “Melhores Textos em Hebraico e Grego”?
Vamos ajudá-los:
Hebraico: Eles adotaram a BHK – Bíblia Hebraica Kittel, um texto modificado por nazistas a partir de 1937 (resultado do trabalho do anti-semita Rudolph Kittel) e que é diferente do texto tradicional que Almeida usou!
Grego: Eles adotaram o texto Crítico de Westcott e Hort fabricado a partir de 1881 e baseado nos piores manuscritos gregos com milhares de erros e 9.970 palavras gregas modificadas do Textus Receptus, que foi o usado por Almeida!
São esses os Melhores Textos?
1959: Primeira edição completa da Bíblia Almeida Revista e Atualizada pela Sociedade Bíblica do Brasil.
1967: Primeira Edição da Bíblia Versão Revisada baseada no texto Crítico W-H, pasmem, pela própria Imprensa Bíblica Brasileira, traindo suas origens!
1973: Primeira Edição só do Novo Testamento da Bíblia na Linguagem de Hoje., distribuída por muitos da Convenção Batista Brasileira.
2003: A diabólica Bíblia NVI é oferecida como brinde a novos assinantes do Jornal Batista, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira.
CONCLUSÃO:
A IBB começou bem, mas terminou mal. Iniciou com uma versão Bíblica baseada no Texto Tradicional (Almeida Revista e Corrigida), mas se enveredou pelos caminhos tortuosos da Crítica Textual.
Hoje, paira uma imensa confusão e desinformação estarrecedora entre os membros da Convenção Batista Brasileira. A leitura uníssona da própria Bíblia é uma completa IMPOSSIBILIDADE nos dias atuais pela CAÓTICA multiplicidade de traduções nas mãos do povo (e pasmem, até Bíblia católica como a corrupta “Jerusalém” se observa nas mãos dos crentes!) e pela incompetência, complacência e omissão de muitos pastores, que deixam cada um usar a Bíblia que agrada “aos seus próprios olhos...”
A leitura de trechos Bíblicos pelas congregações só é possível pelos boletins, via de regra, com trechos extraídos das versões modernas da Bíblia como a triste Atualizada ou a infeliz Revisada, ou pior, a herética Bíblia na Linguagem de Hoje. Por causa disso, muitos crentes sequer se dão ao trabalho de levar suas Bíblias à igreja.
Os homens que são responsáveis por essa desordem total, começaram com um pequeno fermento que se tornou uma imensa massa podre. A “caixa de Pandora” do Criticismo textual foi aberta e agora os males estão à solta!
A solução, entretanto, existe! E é simples. É só o povo batista brasileiro ter a humildade suficiente de reconhecer os terríveis erros cometidos pelos Críticos Textuais e retornarem ao Texto Tradicional que foi abençoado por Deus desde a igreja primitiva até a Reforma e até o início do trabalho batista no Brasil. Isso é simples de fazer no nível das igrejas locais (sim porque no nível "denomincacional" o caso está perdido)! Cada crente e pastor compre e use apenas a Bíblia mais amada e lida pelos crentes de fala portuguesa e usada sabiamente há mais de cem anos também pelos GIDEÕES INTERNACIONAIS:
É a Bíblia Almeida Corrigida e Fiel da
Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil
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